sexta-feira, 7 de maio de 2010

Miko Brando escreve sobre o amigo Michael

• Miko Brando escreve sobre o amigo Michael






Tradução de Andréa Luisa Buchille Faggion


Fonte: Larry King Live - Blogs










Michael foi meu ídolo. Ele tem sido minha figura paterna desde que meu pai morreu. É estranho viver sem ele. Eu nunca serei o mesmo e eu não sei nem mesmo se eu superarei essa perda. É como perder seu companheiro, alguém que você sempre pensou que estaria ali. Simplesmente não é certo. Ele significava muito para mim. Eu me sinto como uma pessoa diferente da que eu era antes de quinta-feira. Eu me sinto perdido. Ele foi um bom amigo por tantos anos.






Eu guardo como um tesouro o tempo que passei com Michael. Nós íamos às compras juntos, íamos a Disneylândia, viajávamos, passávamos um tempo na casa do papai. Ele simplesmente vinha e montava acampamento na casa do papai por algum tempo. Eu gostava de conversar sobre música, comer junto e me divertir com Michael. Nós simplesmente éramos bons amigos, é o melhor modo de colocar isso. Ele sempre esteve lá para mim quando eu precisei dele e eu gostaria de pensar que eu sempre estive lá para ele.






Eu realmente não tenho uma única memória de Michael que não seja assim. É duro quando se trata de amigos de longa data como nós. Minhas melhores memórias são do tempo que nós passamos conversando, ele me abraçando, tendo boas conversas e eu fazendo-o rir. Eu realmente gostava de fazê-lo rir. Eu dizia uma poucas coisas, só umas poucas palavras no ouvido dele e eu conseguia uma risada dele. Rapaz, ele tinha uma risada contagiante.






Acima de tudo, Michael era uma pessoa que se importava com os outros. Ele tinha muito amor no coração. ele se importava com todo mundo, especialmente com as pessoas nas ruas. Ele não era metido, não tinha ego e ele tentava encontrar tempo para estar com todos, porque ele não queria ferir os sentimentos de ninguém. Se ele achasse que tinha feito algo errado, isso realmente o incomodava. Ele tinha mais amor do que qualquer um que eu conheça.






O Michael que eu via todo dia era um que amava seus filhos. Eles eram seu foco principal. Ele era um homem muito ocupado, mas ele sempre queria ter certeza de que as crianças estivessem sendo bem cuidadas.






O que muitas pessoas talvez não saibam sobre Michael é como ele era bom com os negócios. A turnê que ele estava planejando é um exemplo perfeito. Ele era um perfeccionista e ele sabia exatamente o que ele queria e como conseguir. Tudo que dizia respeito à turnê tinha que ser aprovado por Michael. Simplesmente porque ele não vinha aparecendo na TV ou saído muito em público recentemente, isto não significa que ele não estivesse ocupado e ativo. Muitas pessoas têm especulado que ele estaria realmente estressado sobre a turnê, mas eu não acho que ele estivesse. Era a mesma rotina de turnês passadas.






Eu tenho pensado se haveria quaisquer similaridades entre Michael e meu pai, e eu não consigo pensar em nenhuma. Você já ouviu que os opostos se atraem? Eu acho que isso explica a amizade deles. Eles não tinham absolutamente nada em comum, mas quando você os coloca juntos, você não consegue separá-los. Ele amava o meu pai e eles passavam muitos dias juntos na casa do papai e em Neverland. Eles eram muito próximos.






Michael foi providencial ajudando meu pai durante os últimos anos da vida dele. Por isso eu sempre estarei em débito com ele. Papai tinha dificuldades para respirar em seus últimos dias e ele passava muito tempo ligado ao oxigênio. Ele amava ficar ao ar livre, por isso, Michael o convidava para Neverland. Papai sabia o nome de todas as árvores e flores lá, mas, estando no oxigênio, era difícil ele andar por lá e ver tudo, um lugar tão grande. Assim, Michael conseguiu para o papai um carrinho de golf com um tanque de oxigênio portátil para ele poder sair e curtir Neverland. Eles simplesmente dirigiam por lá, Michael Jackosn, Marlon Brando, com um tanque de oxigênio em um carrinho de golf.






Alguns dos melhores momentos que eu passei com Michael foram simplesmente aqueles em que estávamos sentados em um banco na rua principal da Disneylândia. Nós apenas sentávamos lá e observaríamos as pessoas. Algumas vezes, Michael estava disfarçado para não ser reconhecido, mas as pessoas sempre o reconheciam. Quando ele estava de mau-humor ou para baixo, eu simplesmente dizia: Michael, o banco, e isso o animava. Se eu sabia que ele queria se divertir, ou simplesmente sair, eu dizia: vamos ao banco, e nós íamos.






Certamente, Michael Jackson em um lugar público como a Disneylândia atraía multidões e alguma vezes nós tínhamos que levar seguranças conosco. Mas eles não iam para proteger Michael, eles estavam lá para proteger a multidão. Ele nunca se preocupava consigo próprio, mas sim que alguém poderia se machucar no tumultuo de pessoas que queriam vê-lo. As pessoas simplesmente enlouqueciam quando elas viam Michael Jackson.






Michael raramente chorava, mas eu acho que ele estaria aos prantos com a reação à sua morte. Ele estaria maravilhado e feliz que tanto do amor que ele deu voltou das pessoas que ele amou. Eu acho que ele respiraria fundo e simplesmente diria: obrigado.






A família ainda está planejando o funeral, mas eu acho que Michael iria querer uma celebração. Ele ia querer todo mundo lá. Ele amava seus fãs. Eu tenho convivido com um monte de grandes astros do cinema, mas os fãs de Michael são mais do que fãs. Ele sabia que os fãs tinham feito ele e ele não ia querer deixar ninguém de fora. Todo lugar onde ele ia, os fãs estavam lá. Ele me dizia que os fãs sempre sabiam o que ele estava fazendo. Eu não acho que alguém tenha tido fãs como os dele. Assim, Michael ia querer um funeral que incluísse seus fãs e os fizesse felizes. Ele iria querer dizer: Eu ainda estou com vocês e nós sempre estaremos juntos. Ele estava feliz e ele queria fazer todo mundo ao redor dele feliz. No final das contas, ele queria amor. No final das contas, Michael era amor.






Fonte:MJBeats

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