quinta-feira, 20 de maio de 2010

P 29-A ENTREVISTA COM KATHERINE



Parte 4 do livro.



SB: Então você quer que isso seja mais do que uma conversa. Primeiramente eu quero conhecê-la e que é um grande prazer. Eu sou amigo de Michael. Ele sempre fala da senhora. Na verdade a senhora é uma das figuras centrais do livro.





Katherine Jackson: Mesmo?



SB: Oh ele adora a senhora. Fomos à Neverland e vimos o trem Katherine, a montanha Katherine. E quando ele fala da senhora os olhos dele quase se fecham e ele quase entra em êxtase entusiástico.



KJ: [risos] Ele é um filho e tanto. Ele é um filho muito bom.



SB: Oh ele te venera. Quero dizer a senhora é uma das maiores matriarcas da América. Quero dizer, quem pode alegar ter uma família que atingiu coisas que a sua atingiu? A senhora deve ter muito orgulho de seus filhos.



KJ: Eu tenho. Eu tenho muito orgulho, mas você sabe, tem que se pagar o preço.



SB: Se a senhora quiser que eu desligo o gravador , tudo bem...



KJ: Quer dizer, quando eu quiser?



SB: Quando quiser que eu desligue, eu desligo.



KJ: Tudo bem. Qualquer coisa que você queira me perguntar eu estou pronta.



SB: Você quer dizer 'pagar o preço' em termos de fama?



KJ: Sim. Quando se refere à fama, sabe, você paga o preço. Às vezes é bom, às vezes é mau. As pessoas gostam de ouvir coisas ruins. Pessoas inventam coisas sobre você e isso magoa de certo jeito, pois você percebe um monte de gente... Eles vão à TV e dizem um monte de coisas sobre você que nem eles mesmos sabem. Você vê que não é verdade, mas está acontecendo. Então você tem que ser forte para passar por isso.



SB: Como você dá conta do extraordinário talento musical em sua família?



KJ: Bom, eu sempre amei música. Meu marido também. Minha irmã e eu quando éramos jovens costumávamos cantar juntos o tempo todo e agora o engraçado disso, meu pai, veio de Indiana. Leste de Chicago, Indiana, Foi onde eu cresci. Meu pai costumava ouvir uma estação de rádio - não tínhamos televisão naqueles tempos - e essa estação era chamada "Super Time Frolic". E toda noite ela dava sinal para todo noroeste do país. Ele [o pai dela] deu para o meu filho Tito um violão. Depois que eu casei e me mudei para Gary, meu pai trouxe o violão para Tito como um presente. E os garotos depois que ganhamos uma televisão, eles costumavam assistir, sempre que os Temptations se apresentavam, isso era nos anos sessenta. Começou mesmo quando eu comecei a cantar com eles.



SB: Não tinha ouvido isso. Você costumava cantar com eles?



KJ: Você não leu sobre isso? Sim. Não, não, não profissionalmente.



SB: Não, eu entendo. Em casa...



KJ: Quando eles eram pequenos, quando eram bem jovens. Eu acho que Michael nem havia nascido ainda naquele tempo e sempre quando... Tínhamos que pagar para ter TV por um mês. E sabe, quando você compra e vai pagando por mês. E nossa TV quebrou e estava frio e nevando e nós não tínhamos... As crianças não tinham nada para fazer. Então começamos a cantar canções. Eram canções como "Old Cotton Field Back Home." Eu não si se você conhece essas canções, canções folclóricas mesmo. E mesmo antes disso, meu marido e eu costumávamos cantar juntos pela casa enquanto fazíamos nossas tarefas, harmonizando, e sempre amamos música e a família de meu marido era toda musica. Ele toca harmônica, ele costumava tocar, e violão também, e seus irmãos tocavam saxofone e trombone e meu pai tocava violão. Então apenas amávamos música e eu acho que essa foi a haste.



SB: Você não vê como algo genético?



KJ: Bom, poderia ser por que minha...



SB: Não há uma família de verdade que tenha esse registro de...



KJ: Meu avô ou meu bisavô, eu diria bisavô, e minha mãe costumavam me contar estórias sobre como eles mantinham velhas janelas de madeira onde eles costumavam abrir para cantar e se podia ouvir as vozes deles ecoando pelo campo e não havia mais nada para fazer. Isso era a coisa mais barata que se podia fazer para entreter você e sua família, pois não havia muito dinheiro para sair na época, então tínhamos que nos entreter com música. Violões e harmônicas.



SB: Então você acha que essas famílias eram mais felizes do que as famílias de hoje que têm dinheiro?



KJ: Oh sim, eu acho. Eu realmente acredito nisso. Pois mesmo quando morava em Gary eu era muito mais feliz de certa forma. Eu sou feliz hoje, mas... As famílias eram mais próximas e eu acho que toda família sente que quando são pobres, são mais próximas.



SB: Algumas das perguntas que eu tenho... Vamos começar primeiro com Michael. Ele queria que eu a conhecesse, pois a senhora tem muitas estórias para contar que ele possa ter esquecido. Por exemplo, o quê fez ele o que ele é? E não estou falando do lado musical. A maioria das estrelas de Hollywood que ganhou muito dinheiro e são mundialmente famosas são arrogantes e egocêntricos. Não estão interessados nos jovens. Essa é última coisa na qual eles se interessariam. Primeiramente, Michael vivia em casa até os 27 anos, o que é incrível. Quero dizer, quem ouviu sobre isso... Macaulay Culkin se mudou quando ele tinha uns 11 anos [eu estava exagerando]. Como a senhora lida com essa suavidade e gentileza dele, o amor dele pelos animais e pelas crianças, pela sensibilidade pela vida que ele tem? Ele é como um garoto, coisas o surpreendem e o assombram. como a senhora lida com isso?



KJ: Você sabe que essas perguntas que fez são difíceis de responder de certa forma. Mas, cada um deles costumava ter um gato e eu disse, " Você podem ter um gato, mas não o traga para dentro," e as coisas foram assim por anos antes de virmos para Califórnia.



SB: Então aqui ele já estava demonstrando isso desde a tenra idade.



KJ: O amor por animais desde cedo e Janet era outra que amava animais desde pequenina. Não temos uma regra, mas os animais ficam lá fora. Animais corriam perdidos, Estavam em todo lugar. Depois que viemos para a Califórnia ele pode ter animais, então eles tinham cobras e uma ovelha. Aqui em Encino tínhamos um pequeno zoológico. Tínhamos uma girafa. Ele amava essas coisas. Sabe, eu acho que é por isso... Vou te dizer no que eu acredito, É por isso que quando voltamos para Indiana, foi ruim. Gary, Indiana, era lugar ruim. E meu marido, ele não deixaria as crianças saírem e ficar com... com os outros jovens da vizinhança.



SB: Por que nada disso entrou na cabeça de Michael? Por que ele ficava em casa? Ele me disse " Sou da moda antiga. Fico em casa até me casar!" Você o criou com esses valores? Com que fé a senhora o criou? Michael é fundamentalmente uma pessoa suave e sensível. De onde vem isso?



KJ: Eu odeio dizer isso.



SB: Todos os outros são como ele?



KJ: A maioria deles, sim. Eu diria que - e eu odeio dizer isso. Eu costumava dizer à ele o tempo inteiro que era muito parecido comigo e eu não queria que ele fosse assim.



SB: Foi exatamente o que ele disse.



KJ: [risos] Eu costumava dizer para ele, "Não quero que você seja assim. Você é um homem. Você tem que ser forte. Sabe. Mas ele é gentil. Ele é apenas um homem gentil.



SB: Então o que a senhora está dizendo é que a brandura dele vem da senhora. Ele era mais apegado à senhora do que ao pai.



KJ: Oh sim.



SB: Então ele te tomou como exemplo.



KJ: Oh sim.



SB: E ele de verdade acredita em ser gentil do que ficar magoado e infringir dor em alguém.



KJ: Nada mau.











Credito: http://michaelfasmj.blogspot.com/


 

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