Foi liberado nesta segunda-feira (8) o streaming integral do novo single de Michael Jackson, Breaking News (na sexta havia saído apenas um trecho de 20 segundos).
A música é o primeiro gosto do novo álbum do cantor, chamado apenas Michael. O lançamento do disco está marcado para 14 de dezembro.
O primeiro single post mortem de Michael é sobre o que, para muita gente, foi a verdadeira causa de sua morte: o incansável assédio dos tabloides, a exaustiva cobertura sensacionalista que ignorou sua música e focou na sua vida pessoal. Michael teria se tornado uma pessoa desconfiada e deprimida, com medo de enfrentar um mundo que parecia mais rir dele do que curtir seu som. Breaking News (que significa algo como “notícia urgente” em português) expressa esse misto de paranóia e tristeza. Lançada depois de sua morte, seu efeito é ainda mais contundente.
Como que para enfatizar esse espírito, o resultado da busca “michael jackson breaking news” no YouTube são praticamente apenas vídeos de reportagens de sua morte.
No começo de Breaking News, surgem vozes de repórteres transmitindo notícias: “O complô para destruir Michael Jackson”; “Quando você pensava que não havia nada mais nada a dizer sobre Michael Jackson”; “Os paparazzi não deixam ele paz”. As vozes começam a se embaralhar e pode-se ouvir palavras como “mentiras” e “alegações”.
Daí entra a batida (lembrando muito os ritmos produzidos por Teddy Riley para o álbum Dangerous), junto com violinos e sintetizadores. Michael começa a cantar um pouco mais à frente, acompanhado em alguns momentos por uma segunda voz. (Segundo o site TMZ, a mãe de Michael, Katherine, diz que não é Michael cantando na faixa; se não for, a Sony conseguiu um clone perfeito).
Vem a letra, doída e desgostosa. “Você escreve as palavras para destruir, como se fossem uma arma”, ele protesta. Michael reclama de ingratidão com relação à dedicação que ele acredita colocar no seu trabalho: “Você vira as costas para o amor e acha que irá conseguí-lo outra vez”.
Para Michael, ele havia deixado de ser tratado como ser humano: “Agora é estranho que eu me apaixone/quem é o bicho-papão que você estava pensando”.
Fonte: Virgula