quinta-feira, 20 de maio de 2010

P 29-A ENTREVISTA COM KATHERINE



Parte 4 do livro.



SB: Então você quer que isso seja mais do que uma conversa. Primeiramente eu quero conhecê-la e que é um grande prazer. Eu sou amigo de Michael. Ele sempre fala da senhora. Na verdade a senhora é uma das figuras centrais do livro.





Katherine Jackson: Mesmo?



SB: Oh ele adora a senhora. Fomos à Neverland e vimos o trem Katherine, a montanha Katherine. E quando ele fala da senhora os olhos dele quase se fecham e ele quase entra em êxtase entusiástico.



KJ: [risos] Ele é um filho e tanto. Ele é um filho muito bom.



SB: Oh ele te venera. Quero dizer a senhora é uma das maiores matriarcas da América. Quero dizer, quem pode alegar ter uma família que atingiu coisas que a sua atingiu? A senhora deve ter muito orgulho de seus filhos.



KJ: Eu tenho. Eu tenho muito orgulho, mas você sabe, tem que se pagar o preço.



SB: Se a senhora quiser que eu desligo o gravador , tudo bem...



KJ: Quer dizer, quando eu quiser?



SB: Quando quiser que eu desligue, eu desligo.



KJ: Tudo bem. Qualquer coisa que você queira me perguntar eu estou pronta.



SB: Você quer dizer 'pagar o preço' em termos de fama?



KJ: Sim. Quando se refere à fama, sabe, você paga o preço. Às vezes é bom, às vezes é mau. As pessoas gostam de ouvir coisas ruins. Pessoas inventam coisas sobre você e isso magoa de certo jeito, pois você percebe um monte de gente... Eles vão à TV e dizem um monte de coisas sobre você que nem eles mesmos sabem. Você vê que não é verdade, mas está acontecendo. Então você tem que ser forte para passar por isso.



SB: Como você dá conta do extraordinário talento musical em sua família?



KJ: Bom, eu sempre amei música. Meu marido também. Minha irmã e eu quando éramos jovens costumávamos cantar juntos o tempo todo e agora o engraçado disso, meu pai, veio de Indiana. Leste de Chicago, Indiana, Foi onde eu cresci. Meu pai costumava ouvir uma estação de rádio - não tínhamos televisão naqueles tempos - e essa estação era chamada "Super Time Frolic". E toda noite ela dava sinal para todo noroeste do país. Ele [o pai dela] deu para o meu filho Tito um violão. Depois que eu casei e me mudei para Gary, meu pai trouxe o violão para Tito como um presente. E os garotos depois que ganhamos uma televisão, eles costumavam assistir, sempre que os Temptations se apresentavam, isso era nos anos sessenta. Começou mesmo quando eu comecei a cantar com eles.



SB: Não tinha ouvido isso. Você costumava cantar com eles?



KJ: Você não leu sobre isso? Sim. Não, não, não profissionalmente.



SB: Não, eu entendo. Em casa...



KJ: Quando eles eram pequenos, quando eram bem jovens. Eu acho que Michael nem havia nascido ainda naquele tempo e sempre quando... Tínhamos que pagar para ter TV por um mês. E sabe, quando você compra e vai pagando por mês. E nossa TV quebrou e estava frio e nevando e nós não tínhamos... As crianças não tinham nada para fazer. Então começamos a cantar canções. Eram canções como "Old Cotton Field Back Home." Eu não si se você conhece essas canções, canções folclóricas mesmo. E mesmo antes disso, meu marido e eu costumávamos cantar juntos pela casa enquanto fazíamos nossas tarefas, harmonizando, e sempre amamos música e a família de meu marido era toda musica. Ele toca harmônica, ele costumava tocar, e violão também, e seus irmãos tocavam saxofone e trombone e meu pai tocava violão. Então apenas amávamos música e eu acho que essa foi a haste.



SB: Você não vê como algo genético?



KJ: Bom, poderia ser por que minha...



SB: Não há uma família de verdade que tenha esse registro de...



KJ: Meu avô ou meu bisavô, eu diria bisavô, e minha mãe costumavam me contar estórias sobre como eles mantinham velhas janelas de madeira onde eles costumavam abrir para cantar e se podia ouvir as vozes deles ecoando pelo campo e não havia mais nada para fazer. Isso era a coisa mais barata que se podia fazer para entreter você e sua família, pois não havia muito dinheiro para sair na época, então tínhamos que nos entreter com música. Violões e harmônicas.



SB: Então você acha que essas famílias eram mais felizes do que as famílias de hoje que têm dinheiro?



KJ: Oh sim, eu acho. Eu realmente acredito nisso. Pois mesmo quando morava em Gary eu era muito mais feliz de certa forma. Eu sou feliz hoje, mas... As famílias eram mais próximas e eu acho que toda família sente que quando são pobres, são mais próximas.



SB: Algumas das perguntas que eu tenho... Vamos começar primeiro com Michael. Ele queria que eu a conhecesse, pois a senhora tem muitas estórias para contar que ele possa ter esquecido. Por exemplo, o quê fez ele o que ele é? E não estou falando do lado musical. A maioria das estrelas de Hollywood que ganhou muito dinheiro e são mundialmente famosas são arrogantes e egocêntricos. Não estão interessados nos jovens. Essa é última coisa na qual eles se interessariam. Primeiramente, Michael vivia em casa até os 27 anos, o que é incrível. Quero dizer, quem ouviu sobre isso... Macaulay Culkin se mudou quando ele tinha uns 11 anos [eu estava exagerando]. Como a senhora lida com essa suavidade e gentileza dele, o amor dele pelos animais e pelas crianças, pela sensibilidade pela vida que ele tem? Ele é como um garoto, coisas o surpreendem e o assombram. como a senhora lida com isso?



KJ: Você sabe que essas perguntas que fez são difíceis de responder de certa forma. Mas, cada um deles costumava ter um gato e eu disse, " Você podem ter um gato, mas não o traga para dentro," e as coisas foram assim por anos antes de virmos para Califórnia.



SB: Então aqui ele já estava demonstrando isso desde a tenra idade.



KJ: O amor por animais desde cedo e Janet era outra que amava animais desde pequenina. Não temos uma regra, mas os animais ficam lá fora. Animais corriam perdidos, Estavam em todo lugar. Depois que viemos para a Califórnia ele pode ter animais, então eles tinham cobras e uma ovelha. Aqui em Encino tínhamos um pequeno zoológico. Tínhamos uma girafa. Ele amava essas coisas. Sabe, eu acho que é por isso... Vou te dizer no que eu acredito, É por isso que quando voltamos para Indiana, foi ruim. Gary, Indiana, era lugar ruim. E meu marido, ele não deixaria as crianças saírem e ficar com... com os outros jovens da vizinhança.



SB: Por que nada disso entrou na cabeça de Michael? Por que ele ficava em casa? Ele me disse " Sou da moda antiga. Fico em casa até me casar!" Você o criou com esses valores? Com que fé a senhora o criou? Michael é fundamentalmente uma pessoa suave e sensível. De onde vem isso?



KJ: Eu odeio dizer isso.



SB: Todos os outros são como ele?



KJ: A maioria deles, sim. Eu diria que - e eu odeio dizer isso. Eu costumava dizer à ele o tempo inteiro que era muito parecido comigo e eu não queria que ele fosse assim.



SB: Foi exatamente o que ele disse.



KJ: [risos] Eu costumava dizer para ele, "Não quero que você seja assim. Você é um homem. Você tem que ser forte. Sabe. Mas ele é gentil. Ele é apenas um homem gentil.



SB: Então o que a senhora está dizendo é que a brandura dele vem da senhora. Ele era mais apegado à senhora do que ao pai.



KJ: Oh sim.



SB: Então ele te tomou como exemplo.



KJ: Oh sim.



SB: E ele de verdade acredita em ser gentil do que ficar magoado e infringir dor em alguém.



KJ: Nada mau.











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domingo, 16 de maio de 2010

P 28 - MICHAEL E O AMOR DE SEUS FÃS: UMA RUA DE DUAS MÃOS




SB: Deixe eu te perguntar isso. Vendo que você ficou em algo como desvantagem quando criança, sem ter tido amor que você precisava. Como você supera o que não teve? Como aprendeu a fazer as ferramentas básicas de que foi privado?





MJ: Eu acho que a música e a dança me ajudaram muito, foi como terapia. Ser capaz de expressar seus sentimentos através e canções e suas emoções no palco e ter todo esse amor milhares de vezes de volta dos fãs.



SB: Isso compensa por aquilo que você não teve?



MJ: Sim, por que um fã vem, quero dizer honestamente quando alguém vem até você e diz “Eu te amo tanto.!", isso faz meu coração se sentir tão bem. Eu nunca fico cansado disso.



SB: Verdade? Você às vezes não sente que um fã louco, um perseguidor, leva as coisas longe demais?



MJ: Não, não. Eu apenas amo isso. Eu apenas amor meus fãs. Eu amo cada pedacinho deles e o que faz meu coração feliz é quando eles apoiam as minhas crenças sobre família e crianças. Eles tê posteres de crianças e bebês e eles estã comigo, eles entendem, sabe? Eles entendem o que eu digo.



SB: Então o que você não tem dos pais você consegue dos fãs, mas há uma grande diferença. Pais deveriam te dar amor incondicional, mesmo que você não o mereça. A mãe de Bill Clinton, Virginia Kelly, uma vez foi perguntada sobre qual filho ela amava mais, Bill, quem tinha a tinha deixado mais orgulhosa por ser o presidente dos E.U.A, ou Roger, que tinha problemas com drogas e foi acusado de ser um pai que batia.



MJ: Um dos filhos?



SB: Roger, o irmão de Bill Clinton.



MJ: Ele tinha vício em drogas?



SB: Claro, estou quase certo de que ele fora preso por vender drogas.



MJ: Verdade?



SB: E ele era um pai que batia, não pagava pensão alimentícia e coisas assim. E perguntaram para ela, "Um filho era meio vagabundo e o outro era presidente, você ama mais o Bill?" E ela respondeu, "O quê? Está louco? Eu amo ambos os meus filhos. Eu os amo igualmente." Deve haver uma diferença, Michael, entre como os fãs amam você, e como sua família ama. Pais amam incondicionalmente, mas os fãs te amam por que você sabe cantar e dançar, ou você tem amor incondicional vindo dos fãs?



MJ: Isso é difícil, pois eu não estou na pele deles. Umm, eu acho que depois que descobrem quem eu sou e como eu os vejo e como os faço se sentirem bem, eles me amam incondicionalmente. Eu sei que amam... Eu sinto isso. Eu vejo isso. Você sai comigo às vezes e temos que passar por fãs enlouquecidos, você verá alguma coisa. É inacreditável, é como uma experiência religiosa. Eles dormem nas ruas, seguram velas e ficam lá com suas famílias, é lindo. Eu amo ver as crianças chegando, isso me faz tão feliz.



SB: Então esse é o caso onde eles originalmente te amam por causa da música e dança, mas então quando passam além desse ponto...



MJ: Sim, eles descobrem o que eu tenho, o que estou tentando dizer... Há uma mensagem na música que é mais do que uma batida e ritmo. Há algo realmente profundo.



SB: Por que você tem fãs tão fanáticos? Posso dizer o quão fanáticos eles são? Eu nem te mostrei ainda, mas aquele artigo que eu publiquei sobre você, após ir a Neverland no seu aniversário, gerou centenas de cartas e e-mails para nós. Você tem que ver isso. Metade dessas pessoas têm seus próprios websites sobre você. Há algo como que centenas sobre centenas de sites sobre você.



MJ: Sim, sim.



SB: Como dá conta disso? Quero dizer, todos têm fãs. è como quando conversamos sobre as Spice Girls outro dia. É claro que elas têm fãs, onde estão os fãs delas agora? Por que os seus fãs são tão 'duráveis'?



MJ: Eu acho que eles... Foi-me dado o dom por Deus e eu não tenho sido o tipo de artista "hoje aqui, amanhã se foi" e isso permite que as pessoas, o público, cresça comigo. Quando crescem comigo é mais um contato emocional e eles se sentem ligados à mim como se eu fosse um irmão. Eu tenho pessoas que vêm até mim e dizem, "Michael!" começam a conversar, me agarrando como se eu fosse um irmão. E eu ajo como se fosse mesmo, sabe, você deixar que deixar a coisa ir. Eles realmente sentem que você pertence à eles.



SB: Você os tem conhecido pela vida inteira?



MJ: Sim, a minha vida toda e eu tenho que deixar a coisa seguir. Por que eu estou nas paredes deles, eles me ouvem pela manhã, e há fotos em todos os lugares. É como um templo e alguns religiosos dizem que é idolatria, mas eu não acredito que seja.



SB: Okay, por que não é idolatria?



MJ: Eu nunca escrevi antes, nem ouvi antes os fãs afirmando que eu sou um deus. Talvez haja alguns banners que dizem " Você é deus!" Temos filmagens assim, mas não as mostramos na TV. Temos banners que dizem isso. Eu não acho que seja algo mau, pois eu estou falando de amor, vamos restaurar a família...

 




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sábado, 15 de maio de 2010

P 27 - AMBIÇÃO E PACIÊNCIA ,INVEJA E PERDÃO ,RAIVA DA IMPRENSA




SB: Eu vejo como as pessoas tentam ter um pedacinho de você. Eles querem trilhar sua trilha de fama. Querem ser vistas com você, fotografadas com você. Mas há pessoas que se aproximaram de você e que te magoaram te machucaram, que te processaram. Você tem estórias para contar onde eles chegaram à você e dizer , "Me desculpe, eu usei você. Eu sinto muito mesmo!" Você tem estórias sobre perdão?





MJ: Eu desejo. Eu gostaria que fossem doces assim para admitir seus próprios erros.



SB: Nenhuma. Nunca? Ninguém veio à você para dizer, " Desculpe, Michael, mas naquela festa naquela noite aleguei conhecer você melhor do que eu conhecia. Eu usei seu nome para ir adiante."? Você já ouviu estórias assim, onde alguém disse, "Oh sim eu falei com esse cara, Ele disse que te conhecia tão bem. Ele disse que era seu melhor amigo. E você nunca tinha ouvido falar do cara?"



MJ: Acontece o tempo inteiro. Às vezes só para não partir o coração deles eu concordo que sei de quem estão falando, pois eu não quero envergonhar a pessoa.



SB: Então você diria, "Sim, sim, Eu sei de quem você está falando."?



MJ: Quando no que eu na verdade estou pensando que não sei de que inferno você está falando.



SB: Ninguém que tenha te magoado veio te pedir desculpas? Não houve um repórter que tenha dito, "Eu escrevi isso. Desculpe!"? Eu disse para o jornalista daquele jornal, “Como pôde escrever que o presidente Clinton [ no Angel Ball] estava publicamente se distanciando de Michael quando ele o mencionou no discurso dele por três vezes?" Eu repeti as referências no discurso para ele e ele de verdade disse, " Desculpe, eu estava dando a informação errada." Ele era um cara decente. Ele disse. " Eu vou corrigir isso amanhã." Mas você nunca teve que perdoar alguém em sua vida, Michael? Já perdoou alguém sem que pedissem? Você perdoou pessoas que te magoaram?



MJ: Na presença deles?



SB: No seu coração.



MJ: Claro.



SB: Você já viu alguém fazendo maldades e conseguiu perdoar mesmo assim?



MJ: Sim, por que eu fui ensinado biblicamente: "Perdoe-os, pois eles não sabem o que fazem." E você perdoa.



SB: Você acha que é uma pessoa melhor por isso?



MJ: Sim.



SB: Então você não tem raiva no seu coração por ninguém hoje?



MJ: Eu tenho raiva da imprensa. Eu fico muito amargo, louco e zangado com eles e fico bravo com aqueles que deliberadamente inflingem dor em crianças para ferí-las. As estórias sobre o que elas fazem nas guerras com as crianças. Eu sempre tento imaginar um jeito de fazer alguma coisa sobre isso.



SB: E enquanto ao perdão? Há pessoas que te magoaram. Crianças que brigam, mas que não guardam ressentimentos. Você consegue perdoar pessoas com todo o seu coração pessoas que te magoaram?



MJ: Sim.



SB: Mesmo que eu não tenha percebido isso. Mas quando eu mencionei Roseanne Barr para você, pois eu vou ao programa de TV dela frequentemente como convidado, eu mais tarde vi que ela fez um comentário negativo sobre você sem razão aparente.



MJ: Ela tem sido má comigo. Foi por isso que eu estava hesitando.



'Roseanne é uma amiga minha e eu servi como 'casamenteiro' para suas filhas na vida real em seu talk show. Roseanne, que é judia, queria que suas filhas casassem com judeus. Sendo ela uma mãe muito devota, eu estava procurando envolvê-la na nossa iniciativa de priorização da criança. Quando eu mencionei isso para Michael, ele ficou em silêncio. Era uma marca de seu cavalheirismo que ele não falasse mal de minha amiga para mim.'



Shmuley Boteach



Depois alguém contou para mim a razão para a hesitação de Michael, pois aparentemente Roseanne uma vez fez um comentário negativo sobre ele. Mas então, eu conheci Roseanne e poderia ser que ele tenha feito o comentário por gracinha.



SB: Você poderia me contar isso?



MJ: Eu não a ataquei de forma maliciosa.



SB: Eu vi isso. Consegue perdoá-los? Não há malícia no coração deles.



MJ: Sabe, " Eles não sabe o que fazem." Palavras de Jesus. Eles nem me conhecem. Não tem fundamento no que fazem. Como podem dizer isso... Eles nem mesmo me conhecem? Você acredita nas coisas que lê?



SB: Então é perdão total?



MJ: Sim, pois Roseanne veio até mim depois, toda encolhida, me elogiando e se sentindo mal por tudo aquilo.



SB: Você tem outros exemplos?



MJ: Madonna nunca pediu desculpas. Ela é invejosa.



SB: Ela queria ser a maior estrela do mundo?



MJ: Sim, ela é invejosa.



SB: Você não consegue entender isso. Você diria, "O quê você inveja? Você faz o seu e eu faço o meu..."



MJ: Mas ao mesmo tempo ela vinha ao meu show e chorava. Ela vinha e lágrimas rolavam do rosto dela pela canção e pela apresentação da canção. Há algumas qualidades nela.



SB: Há boas qualidades nela. Mas você está dizendo que ela permitia que a inveja dela mascarasse isso às vezes. Mas se alguém faz isso, eles não precisam pedir perdão pois você apenas iria perdoá-las?



MJ: Sim.



SB: Eu vi que você tentou uma negociação com Jay Leno. Você foi à uma caridade beneficente com Elizabeth Taylor e você estava vestindo um casaco vermelho.



MJ: Marron.



SB: Você viu Jay Leno e..?



MJ: Ele estava sentado à minha mesa com o presidente Ford, Sylvester Stallone, Elizabeth Taylor, Sydney Poitier. Quando ele chegou e se sentou, eu apenas fui até ele e comecei a brincar que o estrangulava por que ele sempre fazia piadas negativas sobre mim [pois ele sempre faz piadas negativas sobre Michael] e ele fazia, "Urgghhh. Urrrggghhhh." E então Elizabeth disse, " Tem dito coisas feias sobre Michael?" E ele, "Huh?" Mais tarde naquela noite ele apertou minha mão com uma expressão calorosa e no dia seguinte ele enviou cartas para escritório que diziam, " Michael disse que viria ao meu show. Podem arranjar para que ele venha?" Eu nunca disse isso. Então eu não sei o que fazer aqui. Então em vez de chegar num canto e dizer algo feio para ele, eu escolhi não fazer isso. Eu não faria isso. Não conseguiria evitar o que eu fiz com ele (risos) [ter brincado de estrangulá-lo].



SB: Isso é bonito. Todo mundo viu?



MJ: Sim, viram. Ele tinha um pescoço grande também. Eu não consegui envolver minhas mãos nele.

SB: E enquanto a Elizabeth Taylor que é tão afetuosa com você? Ela é como sua amiga mais íntima por muitos anos. E enquanto à ela, no contexto dessas qualidades infantis?



MJ: Somos ambos do mesmo lugar...



SB: Ela é leal, certo.



MJ: Ela é leal. Somos do mesmo lugar. Ela consegue se relacionar com o mundo com o qual eu vim. Ela é curiosa. Você olha nos olhos dela e sabe. É como falar telepaticamente. Você pode sentir isso, é de verdade, sem dizer uma palavra e eu sinto que é como vê-la pela primeira vez. É como o que eu tenho com Shirley Temple [Black]. Somos do mesmo mundo.


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sexta-feira, 14 de maio de 2010

P 26 - A VIDA EM UMA 'CESTA'



SB: E enquanto a celebridade? E enquanto as coisas negativas associadas com a celebridade? Quais são as coisas negativas da celebridade? O quê não gosta em ser tão famoso quanto você é?





MJ: Eu não gosto quando você se torna um ícone, sendo uma celebridade e depois se tornar um ícone, um fenômeno internacional que foi o que aconteceu comigo - e eu não tenho vergonha de dizer isso - e a inveja que isso envolve. Eu tenho visto invejas sérias.





SB: Você sente isso entre outras celebridades, é palpável, ou você sente de alguma distância?







MJ: Eu tenho visto, mas uma vez me conheceram cara a cara, eles sempre, sempre mudam. Eles vêem que eu não sou nada como aqueles caraa. Eu tenho pessoas chorando diante de mim depois de me encontrarem. E há dois tipos de fãs. Há o tipo que diz, “Oh meu Deus, oh meu Deus!" e desmaiam e você tem que segurá-los. E há o outro tipo de fã que diz de abrupto, "Oi." e eu respondo "Oi, prazer em conhecê-lo. Qual é o seu nome?" Eles dizem o nome, mas eles têm uma atitude. Eu fico simples e caloroso com eles e então eu os vejo começar a chorar. Eu pergunto, "Por que está chorando?" e eles respondem, " Por que eu não sabia que você era assim tão legal." E eles se vão diferentes. Eu penso, "Bom, como eles pensavam que eu era?”. E eles revelam que pensavam que eu era sério e arrogante. Eu digo, "Por favor, nunca julgue uma pessoa. Eu não sou nada disso." Eles ficam tão impressionados. E eu tenho certeza que eles saem dali me amando mais, milhares de vezes mais. Nada bate a gentileza e o amor, eu acho. Simples assim.





SB: Você sempre foi capaz de derreter o mais duro dos corações com gentileza e amor?



MJ: Sim.



SB: E enquanto a inveja de outras estrelas. Há muita inveja na sua profissão?



MJ: Absolutamente. Eles te admiram e sabem que você é uma pessoa grande e amorosa, mas são invejosas, pois querem estar no seu lugar. e "M" é uma delas. Madonna é uma delas. Ela é invejosa, É uma garota, uma mulher, e eu acho que isso a incomoda. Eu acho que mulheres não gritam por outras mulheres. Os homens são descolados demais para gritar por mulheres. Eu tenho os desmaios e a adulação e ela não.






SB: A inveja não tem parte nisso? Você nunca teve inveja de alguém em sua carreira que te tenha feito trabalhar mais duro?



MJ: Nunca inveja. Admiração, completa admiração.



SB: Então admiração pode trazer metas melhores do que a inveja, pois é positiva e não negativa. Então você olha para Fred Astaire e diz, “Eu quero ser capaz de fazer isso."



MJ: Sim, absolutamente. Completa inspiração, nunca inveja. Isso é errado, mas as pessoas são como são, não são? É verdade? Pode alguém olhar para uma pessoa maior e sentir total inveja dela?



SB: Claro, mas você nunca sentiu isso?



MJ: Eu não entendo uma pessoa que faça isso.



SB: Para você sempre foi sobre inspiração? Você já se sentiu intimidado e maravilhado por aqueles que tinham um grande talento?



MJ: Pode alguém ter inveja de Deus?



SB: Claro. Olhe para Stalin e Hitler. Eles tentaram ser Deus. Eles queriam decidir vida e morte.



MJ: Uau!



SB: Por que eles perderam o senso de intimidação e maravilhamento. Deus não os impressiona. Ele os ameaça. Eles querem ser todo-poderosos, então não se submetem à autoridade de Deus. Inveja á parte, que outras coisas você não gosta em sua celebridade?



MJ: Ser famoso.



SB: Não gosta quando não pode caminhar pelas ruas?



MJ: Não, eu gosto quando as pessoas me reconhecem e são gentis e dizem, "Oi," e quando há uma multidão ou coisa assim.



SB: Quando eu estava com você naquela van, e tínhamos deixado o hotel, Michael, duas vezes vimos um jovem negro de bicicleta nos seguindo por mais ou menos 5 milhas pelos caminhos mais pérfidos de Nova York, só para pegar um autógrafo seu. E você pediu para parar o carro e deu o autógrafo. Vimos três outros garotos que, depois do jantar com o Presidente Clinton, nos perseguiu por mais ou menos uma milha à pé até você pedir para o motorista parar. E você deu o autógrafo ao rapaz. Então você vê as pessoas fazendo isso?



MJ: Oh Deus, Shmuley, centenas deles às vezes. É um trilhão de vezes pior do que você viu. Eles começam a quebrar as coisas e se transforma numa turba.



'Eu estava com Michael enquanto saíamos do Carnegie Hall depois da apresentação no Dia dos Namorados, 2001. E não posso responder pelo fato de que ele estava perto de ser rasgado de membro á membro.'



SB: Você gosta quando as pessoas te reconhecem contanto que sejam gentis?



MJ: Eu acho que nosso trabalho como celebridades, eu acho que qualquer um que tenha sido abençoado por Deus com algum tipo de talento - ser escultor, escritor, pintor, cantor, dançarino - é para trazer um algum senso de escapismo e alegria para massas de pessoas. Esse é o seu trabalho, trazer alegria,



SB: Mais alguma coisa que você odeie na celebridade? Obviamente, você odeia as estórias dos tablóides também?



MJ: Eu os odeio. Eu odeio os cretinos que fazem esse tipo de coisa. Eu acho que é racismo, inveja e ódio apenas - maldade - são parte disso. Eles dão vazão à frustração deles sobre as pessoas que estão tentando fazer alguma coisa boa e isso é triste. Se alguém acredita nisso, eles são meio loucos. Quero dizer, eu gostaria que houvesse um jeito de nos livrarmos disso completamente desse tipo de coisa.


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P 25 - MEDOS



SB: Você vive com medos? Daquele tipo; pessoas vão atirar em você, metaforicamente falando. Isso te dá medo?



MJ: Não como artista. Eu sou como um leão. Nada pode me ferir. Ninguém pode me machucar sem minha permissão. Não deixaria isso me incomodar, embora eu tenha sido ferido e tenha sentido dor no passado, claro, eu tenho me poupado de muito disso.



SB: Então não vive em medo agora?



MJ: Não.



SB: Você acha que as crianças nos ensinam a ter medo? Por um lado elas têm medo, elas têm medo de cães, têm medo do escuro e muitas outras coisas. Por outro lado elas não têm medo do amor e nem do que precisam.



MJ: Nós ouvimos, observamos, aprendemos. Abrimos nossos corações e mentes, abrimos nossas almas. Sim, podemos aprender, mas você tem que perceber que...



SB: Adultos vivem com mais medos do que as crianças.



MJ: Absolutamente... Recaídas nervosas. E criam suas próprias circunstâncias de muitas maneiras. Se preocupar com alguma coisa até o ponto de destruir sua saúde. Se há algo que elas querem muito as crianças ficam repetindo e repetindo até conseguirem por que não conhecem outro jeito de fazer isso. Até que você cede o que é muito doce e adorável. Eu sempre digo à eles, " Se essa é a coisa mais importante para você se preocupar na vida então você é uma pessoa de sorte. Se esse é o seu maior problema então você é sortudo." Você percebe no futuro... para eles isso é importante no momento, o que é adorável. Pode ser a coisa mais simples do mundo, também, Adorável.



SB: Então, o ponto era tentar fazer com que, por um lado, há coisas que te assustam [Michael me contou que tem medo de cachorros], e que são medos clássicos da infância. E à propósito seu amo pelo medo é muito similar ao de Adão e Eva. Eles adoram o perigo, sabe. Deus disse à eles "Há um fruto que é perigoso," e era esse que eles queriam comer. Por outro lado, você tem medo de cães perigosos.



MJ: É, eu não gosto desse tipo de coisa. Isso me assusta. Ou se eles encurralam um cougar entre os filhotes... Não sei se o nome é lobinho ou raposa... mas ela está encurralada e é muito territorial, você não se aproxima. Você não atravessa aquela linha. Eu não entendo quando pessoas pegam uma arma e atiram na mãe ( no animal)... E os bebês elefantes eles fazem a mesma dança toda hora. Eles dão aquele grito e então dão voltam confusas enquanto a mãe deles está deitada morta lá, eles ficam dando voltas como se fossem enlouquecer. E eu não entendo como o homem pode fazer isso. Isso me machuca muito. É muito mau.



SB: Você vai em safáris quando está na África?



MJ: Sim, sim.



SB: Você chega perto de alguns dos animais mais perigosos?



MJ: Sim.



SB: E não tem medo...?



MJ: Não. Não, eu amo safáris. Amo muito.



SB: Então você a contradição desse medo. Você tem medo de coisas como aranhas, coisas que crianças teriam medo, mas você não tem medo de um leão.



MJ: Não, não. Eu sou fascinado por isso.



SB: Quero dizer, em Neverland, eu vi você chegar com uma cobra. Se lembra disso?



MJ: Sim, sim. E com as cascavéis. Nós acariciamos as cascavéis são muito, muito... quero dizer, elas podem te matar.



SB: E você não tem medo de nada desse tipo?



MJ: Eu sou fascinado por coisas que são perigosas para os homens e só de olhar um tubarão... Por que somos tão fascinados por tubarões? Por que podem te matar. E você grita " Tubarão!" e todo mundo pergunta, "Onde? o quê? Quem?" Sabe, quando você diz 'barracuda' ninguém dá a mínima, você diz 'camarão' e nada. É o medo, a lenda e o folclore atrás disso. E adoro tudo isso... Eu acho que eu gosto do mesmo que PT Barnum gostava nisso. Sabe, coisas que despertam o interesse das pessoas, eu adoro esse tipo de... É isso que eu amo na mágica, e Howar Hughes. E amo tudo isso.



SB: Quais são os seus maiores medos então? Eu sei que tem medo de pessoas más. Você não gosta de gente má.



MJ: Eu não gosto caras grandes, altos e maus do tipo agressivo. E é isso que me deixa meio para baixo sobre, você sabe quem (o pai dele). Isso me machuca quando me pergunta, eu não gostei nada disso. Como pode um ser humano ter aquilo nele e ser tão ríspido? Se é assim que ele se sente, que guarde para ele, não diga.



SB: Você não gosta de caras altos e agressivos...?



MJ: Não. Em minha vida, eles foram muito maus. Embora tenha havido alguns gigantes gentis. Os grandões não foram legais.



SB: Mas seus guarda-costas são altos...



MJ: Eles são altos...



SB: Mas eles são tão legais...



MJ: Eu tenho que ter a certeza de que são legais. Eles têm que ser cavalheiros. E todos eles sabem, se uma criança se aproxima que não a afaste. Se uma criança se aproxima para pedir autógrafos, você estende o tapete vermelho em cortesia para ela. Todos eles sabem disso. É muito importante. Quero dizer, Brando não assina autógrafos para ninguém a menos que sejam crianças. A menos que sejam os pequeninos, ele não assina. Eu acho isso muito legal, sabe?



SB: Que outros medos você tem?



MJ: Que outros medos? um...



SB: Cães. Não entendo por que certas crianças têm certos medos. Outra noite eu pus um DVD para as crianças e havia um monstro, e Baba ( a mais novinha) começou a gritar e chorar, e correu para o quarto, e ela sempre atrasa sua hora de ir para a cama, mas nesse dia ela disse, "Eu quero ir para a cama." E foi dormir. Ela odiou.



MJ: Que filme era?



SB: Eu acho que era Men In Black ou algo assim.



MJ: Ohhh, em DVD? Mas as outras crianças gostaram? Elas sabiam que era coisa de filme, que não era real?



SB: Sim. Eu realmente não as deixo ver coisas assim, mas elas as conseguem e esse eu assisti com elas, então... Baba viu o primeiro cara e...



MJ: É, não é para Baba. Não era para ela. Prince e Paris adoram Jurassic Park, embora haja violência e armas. Mas eu quero que eles vejam bons filmes, se eles são bons mesmo. Não muitos, mas os bons. Boa arte.
 
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P 24 - SEXUALIDADE E MODÉSTIA




SB: Na tentativa de preservar as qualidades infantis em sua vida, Michael, você ficou tímido em falar sobre sexualidade. Como quando Oprah perguntou sobre sua vida sexual, você respondeu desse jeito, “Eu sou um cavalheiro e não falo sobre isso." Você sente que deveríamos ser mais respeitosos sobre o lado sexual de nossas vidas? Você acha que isso se tornou algo exagerado? Quero dizer, você é naturalmente tímido sobre esse assunto.





MJ: Sim, eu sou apenas naturalmente, umm, por que eu acho que isso é ...



SB: Particular?



MJ: Sim, essa é a minha opinião pessoal. Outras pessoas são exibicionistas, você sabe naturalistas, que saem nuas e se sentem diferentes assim. Um, eu não sei, eu sou apenas diferente nesse assunto.



SB: Não temos que abusar de nossa sexualidade para aumentar as vendas de ingressos e discos?



MJ: Não, isso é loucura, como alguns desses cantores bojos dentro da calça, isso é loucura. Eu não entendo isso. É nojento para mim quando eles fazem coisas desse tipo. Isso é embaraçoso. Eu não quero nem que me olhem para baixo... procurando por 'aquilo'. Isso me deixaria com tanta vergonha, oh Deus.



SB: Não seria isso um sinal de insegurança, talvez? Talvez eles achem que a dança deles não seja boa o suficiente e então tentam trazer atenção para outra coisa.



MJ: Sim.



SB: Sua mensagem para alguém como Britney Spears seria, " Olha, você é bonita e talentosa. Não precisa ser sórdida. Você é tão talentosa sem arrancar tudo as pessoas irão olhar para você. Igual a Madonna, que frequentemente tem sido criticada por tirar vantagem do desejo sexual masculino para poder ter esses caras babando atrás dela para fazê-la popular.



MJ: Sim, uh huh. Aha.






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P 23-CONSELHO SOBRE FAMA




SB: Então ontem, 'NSynnc veio te ver. O cantor líder Justin Timberlake, e eu não sei quem era o outro cara. Qual era o nome dele?



'Michael havia me convidado a ir ao hotel onde ele estava para conhecer Britney Spears e Justin Timberlake, que tinham voado para visitá-lo um dia antes de terem performado no American Music Awards. Na época eu não muito 'enomorado' de Britney por causa da sua mensagem de sexualização das adolescentes na América. Ainda assim, eu me comportei e falei com eles brevemente sobre nossos esforços para que os pais priorizem os filhos. Nenhum deles pareceu particularmente interessado e nós não nos 'clicamos' realmente. Justin disse algo sobre contratar seu empresário ou agente. Eles estavam para se encontrar com o super star. Minha intenção não é insultar, mas eu os achei desinteressantes e esquecíveis. '



MJ: Wade foi coreógrafo de...



SB: Oh, ele não era do 'Nsync, Wade?



MJ: Não, ele era coreógrafo de Britney Spears. Vê eu ensinei Wade.



SB: Verdade?



MJ: Sim, eu ensinei Wade. Tudo o que você vê 'Nsync e Britney Spears fazendo, todo o estilo veio de mim, pois eu ensinei Wade. Wade é australiano e eu o trouxe para a América.



SB: Então ele é coreógrafo deles?



MJ: Sim, e ele faz música. Ele era do meu selo (gravadora). Nós o assinamos no MJJ. Ele faz raps, faz tudo.



SB: Então ele estava lá com Britney Spears, uma das maiores estrelas mundiais do momento, e aquele vocalista do 'Nsync, e eram namorados. Quando você olha para eles, e tem uma longa conversa, o quê você diz à eles, baseado nessa idéia que estamos tentando falar sobre nesse livro, qualidades de criança? Você os alertou contra qualquer coisa que possa acontecer na carreira deles? Você disse , " Sabe, quando eu tinha a idade de vocês eu pensei X, Y e Z e agora eu mudei minha visão,"? Houve algum conselho que você deu à eles??



MJ: Apenas tente permanecer como criança o quanto puder. Não se force a ser adulto. Não force, não empurre. Não tente ser legal e... Vá à Disney, saiam, curtam suas juventudes, porque serão velhos para, quero dizer, sabe, apenas ,mantenha a inocência. Divirtam-se e sejam vocês mesmos.



SB: Então o quê você diria para essas pessoas que têm sucesso na arte deles e que mais jovens que você? O 'Nsync, você diria à eles para serem brincalhões também, para não levarem isso à sério demais? Ou você diria algo mais? Não se leve tão à sério ou algo assim?



MJ: Não, eu diria à eles para aperfeiçoarem seus ofícios, sempre. Eu acredito muito em trabalho duro, mas eu também curto, sabe? Como que ser moderado por dentro, brincalhão, se divertir um pouco. Você tem que se divertir um pouco também.



SB: E quando você me diz o quão orgulhoso é por seu show ser um show família, que seus concertos são apropriados para crianças.



MJ: Oh, sim.



SB: Britney Spears foi pesadamente criticada por alguns no último MTV Awards, tipo ela quase fez um strip tease no palco.



MJ: Oh...sim, sim, sim.



SB: Ela tirou isso, tirou aquilo e jogou para um canto... Você acha que ela precisa usar tanta sexualidade para deixar sair a mensagem dela? Você daria um conselho à ela sobre isso? Ou isso é parte do show e não tem nada demais?



MJ: Umm, eu não quero condená-la por isso., por que é um show. Mas ela tem que perceber que há, sabe, há garotas lá fora que querem ser como ela e vão fazer tudo o que ela fizer. Eu não sei às vezes os artistas não percebem o perigo do que estão fazendo. Se eu tirar uma foto minha com um cigarro* , quantos garotos não iriam começar a fumar todos os dias? Sabe, você tem que pensar nisso. E eu entendo, bom, é só um vídeo, eu só estou atuando, mas você é como um deus para eles... Eu quero dizer...



SB: Você tem que ter esse senso de responsabilidade?



MJ: Uh huh.



SB: Você sempre soube como retratar suas aparições, pessoas vão emular isso?



MJ: Sim, e eu entendo por que alguns artistas conseguem ser um pouco polêmicos às vezes. Eu entendo. Sabe, se a imprensa começa a falar muito do fato dela ter vindo do Clube do Mickey Mouse e ser, sabe, a bonitinha Britney, ela poderia pensar, " Eu quero dar à eles alguma margem para eu poder ultrapassar. Eu faço as margens, eu sou mais durona, eu sou..." Sabe? Então eu entendo. Eu acho profundamente que ela é apenas uma pessoa doce, sabe?



SB: Então você diria à ela, mantenha-se, mantenha o equilíbrio aqui, pois há garotas que querem ser como você e você tem essa responsabilidade?



MJ: Sim, por que eu gosto de margens.



SB: Você sempre entendeu a importância da responsabilidade, quando se tornou famoso? Você sabia que tinha uma grande uma grande responsabilidade como ícone e como criador de tendências?



MJ: Sim, por que eu não acho, eu não acho que eu tenha feito algo ofensivo no palco... Nunca. Como alguns desses atos, você fala em como Bobby Brown pega uma garota e começa a remexer com ela no palco, sabe, bem na cara de todo mundo e a polícia o prendeu várias vezes. Como fazer sexo no palco com todos esses jovens na platéia. O meu show é totalmente diferente.


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quinta-feira, 13 de maio de 2010

P  22-O MESTRE DOS MISTÉRIOS




SB: Certo, eu quero falar sobre uma coisa com você que é crucial para este livro. Todas as coisas que eu tenho visto em você, eu tenho que te dizer que eu nunca vi alguém que entenda o poder do mistério do jeito que você entende. Em outras palavras, no judaísmo o uso do mistério é muito importante. O profeta Isaías diz que anjos, o Serafim, tem seis asas. Por que seis? Bom, " Com duas asas ele cobria o rosto, com duas ele cobria seus pés e com duas ele voava" ( Isaías 6:02). Não é incrível? Os anjos são tão modestos, tão misteriosos, que usam suas asas para se cobrirem.



MJ: Isso é lindo!



SB: Eu tenho escrito sobre isso extensivamente em meus livros, Michael. Mistério é um dos principais ingredientes que é prescrito para relacionamentos. O sagrado sempre é misterioso. É sempre coberto. E a Torá, o rolo bíblico que lemos na sinagoga é mantido coberto e escondido por múltiplos mantos, na arca, ocultado por cortinas, véus e portas. São como três coisas que você precisa tirar para vê-lo. E similarmente quando Rebeca e Isaque se encontram na Bíblia, antes de se casarem e se apaixonarem, a primeira coisa que ela fez antes de encontrar Isaque foi cobrir o rosto. A mesma coisa é verdade quando Moisés vê sarça ardente. Qual a primeira coisa que ele faz? Ele recua e se esconde seu rosto de Deus.



MJ: Eu adoro essas histórias.



SB: Então na Bíblia o mistério é muito importante. Eu nunca vi alguém que entenda o poder do mistério como você. Vou te dar alguns exemplos e quero os seus comentários. Primeiro: meus filhos estavam andando por Neverland e havia doces por todos os lugares. Meus filhos adoraram isso, pois nunca tinham visto tal coisa, há máquinas de pipoca e de algodão doce desde que fossem kosher eles comiam isso e aquilo. E embora Prince e Paris estivesse rodeadas por tudo isso, você diz à eles, "Não, só no seu aniversário você pode comer isso." Grace nos disse que não é permitido à eles usar tudo isso para que não fiquem entediados com eles. E sempre que vamos à FAO Schwartz, Prince pode comprar brinquedos, mas tem que esperar para abrí-los. E especialmente com relação à sua carreira, você entendeu o poder de ficar escondido. Como agora, eu olho para todos esses atos, nem 'NSync e nem Britney Spears [ quem Michael e eu encontramos no hotel], e eu estava os estava assistindo no Entertainment Tonight e eles deram uma entrevista onde eu disse, "Minha Nossa, eles têm visão pequena. Deveriam fazer o que Michael faz. Nunca ser onipresente." Mas eles não conseguem por que precisam tanto de atenção. Não conseguem se segurar.Então há duas coisas que quero te perguntar. Fale para mim sobre mistério e o que significa para você, e como consegue a disciplina para se segurar quando todos os programas de TV querem você? Quero dizer, nossa! Somos surrados por todos os programas na América agora para conseguir uma entrevista com você. Como você... De onde vem essa disciplina? E principalmente, Michael, é importante que isso seja comentado, pois as pessoas, os seus detratores irão te criticar e dizer, " Michael é uma criança, ele se comporta como uma criança," quando a verdadeira definição da maturidade que todos concordam envolve a capacidade demorar em gratificar. Quando outras pessoas agem impetuosamente e você consegue ser paciente e esperar pelas coisas em seu tempo próprio, isso é considerado a essência da maturidade e autocontrole.



MJ: Obrigado.



SB: E sua carreira é construída sobre isso e eu não estou só dizendo isso para bajular você. É verdade, eu fico maravilhado com isso. Então fale para mim sobre o seu mistério. Como você conhece isso, de onde veio para você, o poder que isso tem e que é ocultado?



MJ: Uau, você é muito observador. É impressionante em como nota esses detalhes. Um, eu estudei... Eu adoro psicologia, eu adoro magia, eu amo... Eu amo a real beleza. Eu amo o real talento. Eu amo quando as coisas são miraculosas, quando algo é tão bonito que você nem deveria ter. O que eu amo no Cometa Halley, e sempre digo isso para o meu advogado, que o cometa Halley é não mais do que um milagre como a lua e sol. E demos muito atenção à isso por que você só o vê uma vez na vida e todo mundo sai para vê-lo. Você conhece astrônomos, fãs e pessoas que saem para ver essa coisa que circula pelo sistema solar, mas que só se pode ver uma vez na vida. Se acontecessem todas as noites ninguém se importaria, mas para mim a lua é tão milagrosa quanto. Eu sempre falo sobre cervos, cães e gatos. Muita gente diz, "Há um cervo! Há um...," por que esses são tímidos, sempre se escondem. É uma grande coisa ver um cervo, quero dizer, eu aprecio isso, como as pessoas deveriam apreciar a real habilidade e eu sempre digo que não me importo se você é a pessoa mais famosa do mundo, se você aparece na TV todos os dias as pessoas vão te 'regurgitar'. Você tem que saber como brincar com o seu público. Você tem que saber disso e é verdade, Shmuley. E não é só um joguinho, mas algo real para mim, é real para mim. De verdade.



SB: Como você sabe disso? Por exemplo, eu tive que aprender isso. Eu escrevo sobre isso em muitos dos meus livros, mas começo a desenvolver muitas das minhas idéias de insights de outros escritores, pensadores, filósofos, etc...



MJ: Se você continuar misterioso, as pessoas ficarão mais interessadas, sim.



SB: Olhe, se uma mulher ficar tirando a blusa, ninguém vai querer ver os seios dela.



MJ: Isso mesmo!



SB: Mas se ela fizer de vez em quando, isso é o que faz ficar mais excitante. É o que faz ficar mais erótico.



MJ: Isso mesmo!



SB: Mas quando acontece todos os dias...



MJ: Isso mesmo!



SB: Assim como você visita tribos africanas e vê mulheres andando com seios desnudos, isso não é nada.



MJ: Nada. Nada. Deixe alguma coisa para a imaginação. Eu acredito nisso e as pessoas são assim.



SB: Você ensinou isso para alguém?



MJ: Não. Não, é só ver... aprender da natureza e aprender, você sabe, é observar e estudar, ser um sério observador. E um... Você dizer à alguém, "Há seis portas, você pode abrir qualquer uma dessas portas, mas a quinta porta, não a abra. Não abra a quinta porta, não a abra, não importa o que aconteça." É claro que as pessoas irão pensar, " O quê há atrás da quinta porta?" pois é o grande mistério. E é o que todos querem expor, e você sabe... Eu adoro isso, e não é só um joguinho, eu quero que as pessoas apreciem o talento e a habilidade. . EU SÓ FAÇO UM ALBUM A CADA CINCO ANOS. Outros artistas fazem um todos os anos e os meus sempre duram mais e vendem mais do que os de outros artistas. As pessoas esperam por isso. Há algo como, sabe, toda uma pulsação seguindo o álbum. [Michael estava trabalhando na finalização de Invincible na época. ] É como febre, eles esperam e esperam. É importante esperar.



SB: E enquanto ao que estava escondido que faz durar o que foi revelado? O quê há em segurar algo que as pessoas querem de repente?



MJ: Eu só... eu adoro, eu adoro o poder do mistério, adoro mesmo. Eu acho que é algo muito poderoso.



SB: É espiritual? O quê é?



MJ: É espiritual, é... as pessoas conjuram todas essas idéias, elas criam. Elas invocam todas essas idéias na cabeça sobre o que está acontecendo. Quero dizer, eles costumam dizer, sabe, Howard Hughes está lá em cima e é dono do hotel, mas ele fica lá, ele não desce. Ele fica no escuro, no canto da cama com longas unhas e os cabelos até aqui, preso naquele momento. Então o cérebro enlouquece conjurando todo o tipo de estórias loucas, e eu adoro isso. Eu adoro Howard Hughes por que ele faz isso tudo. Quero dizer, para mim ele é como um dos meus mestres. Mas, eu não sei, essa é a primeira vez que eu digo isso, Shmuley. Eu adoro Howard Hughes. Ele é um gênio.



SB: Por causa de quê? Por que ele conhecia o poder do mistério?



MJ: Como 'brincar' com as pessoas, sim. Ele sabia como deixar o público interessado. P.T Barnum era muito bom nisso também.



SB: É o caso de apenas se retirar? É assim simples? Por exemplo, esse livro veio junto com um chamado The Rules, e eu debati com pessoas que o escreveram duas vezes. E eles disseram que para conseguir que um cara se case com você, você tem que ser difícil. Ele te chama a atenção e você diz, "Desculpe, eu adoraria sair para jantar, mas estou muito ocupada!". Ele deixa mensagens na secretária eletrônica e você nunca retorna as ligações deles. Você já ouviu falar desse livro? É muito polêmico. É assim simples?



Eu na verdade sou um crítico do The Rules (As Regras) acredito que a manipulação é a pior maneira de se atrair um relacionamento e que há uma alternativa ainda melhor, e digo te digo qual, para uma mulher condescender sua mística feminilidade natural.



MJ: Eu não concordo totalmente. Depende da pessoa.



SB: Mas com você, quando você diz que é como lidar com o público, é tão simples como se retirar quando eles querem mais? E mais jeitos em como se revelar?



MJ: É ritmo e contagem de tempo. Você tem que saber o que está fazendo. Como, você nunca me vê em premiações dizendo " E os indicados são..." E me pedem para fazer isso em todos os shows. Agora eles não pedem mais. Sabem que eu não faço isso. Ou apresentar um show, ou sair e dizer algo tipo, " Daqui a pouco, Michael Jackson apresentará o álbum do ano." Você nunca me verá fazendo isso, apresentando indicados, eu não faço isso. E sabem que não é nem mesmo para me pedir. Não é o que eu faço.



SB: Você nunca fará algo que te faça ser o meio de outra coisa. Ou você é o final ou não é. É também como, é você e pronto e não você sendo a estrada.



MJ: Sim, e eu não estou tentando dizer que eu sou sagrado ou sou deus ou...



SB: Mas você não vai se diminuir também.



MJ: Não vou, eu quero... Sabe? Pessoas deveriam respeitar, sabe? Habilidade e talento, e é tudo pelo bem da bondade, pois a minha mensagem é pela bondade.



SB: Concordo com você.



MJ: Mas realmente. Eu só estou tentando conservar .



SB: Esse é, à propósito, todo um livro para isso, como você aprendeu o poder de se esconder, do mistério. Olhe para Nova York. Agora mesmo enquanto falamos há centenas de milhares de mulheres que querem se casar e caras que não querem compromissos com elas. E você sabe que uma das razões disso é que eles farão sexo com elas de qualquer maneira.



MJ: Uh huh.



SB: Por que casar com ela se você pode tê-la sem compromisso? Se você quiser um empréstimo de 10 milhões de dólares do gerente do banco, e ele diz," Aqui está, Michael, 10 milhões de dólares," então você diria, "Oh, à propósito, você esqueceu de me perguntar pelo colateral e aqui está."? Você não seria voluntário. Entende o que eu digo? E eles podem nunca se casar, e essas mulheres vêm em centenas para mim, chorando, escrevendo sobre o quão solitárias são. Elas não conhecem o poder do mistério. Vão para a cama no primeiro encontro, não sabem como se segurar. O cara nunca precisa disputar com outro por ela. E à propósito, é o que acontece com Madonna. Madonna se super expôs. Ela ainda é uma celebridade, mas ela não é o que era.



MJ: Sim, eu sei.



SB: Ela nem mesmo se super expôs, Michael, através da TV e da música. Não foi por que ela deu tantas entrevistas. Ao contrário, ela super expôs o corpo. Ela era um símbolo sexual. As pessoas queriam saber como era o corpo dela, e ela fez esse livro estúpido, sórdido e nojento, e tudo o que você tinha que fazer era comprar o livro. O mistério foi permanentemente perdido.



MJ: Eu sei. Eu sei. Exatamente correto.



SB: Há poucas pessoas hoje que entendem o poder do mistério. Você entende, pois há uma espiritualidade intuitiva na sua natureza que é um verdadeiro dom. Por causa desse entendimento do mistério, e sua compreensão do poder do tempo apropriado, nos ajuda a entender o sagrado. Deus somente se revela muito esporadicamente e em momentos muito bem escolhidos. Mistério e tempo apropriado são centrais para a revelação.



MJ: Eu adoro isso. É uma das minhas coisas favoritas, pensar sobre isso também.



SB: O quão oculto Deus é?



MJ: O quão oculto?



SB: Você tem que encontrá-Lo.



MJ: Você vê todos esses milagres feitos por Ele, mas você não O vê. Sabe? Você vê através das crianças.



SB: Que é o que te faz ficar mais interessado Nele?



MJ: Sim.



SB: Você quer encontrá-Lo?



MJ: Te fazer procurar por Ele e encontrá-lo. Absolutamente. Eu adoro isso. E algumas pessoas apenas deixam isso para trás e seguem dizendo, "Para quê tudo isso, esse universo imenso e onde está Ele? Eu quero falar com Ele e o que Ele é?", Sabe, eu adoro isso. Ele é o essencial. Ele é. Ele é o Cara.



SB: Então assim é como fazemos as pessoas deixarem de ficar entediadas. Antes de tudo, mais uma coisas antes de mudarmos de assunto tédio. Então você instintivamente conheceu o senso de tempo apropriado, mistério? Você apenas sabia?



MJ: Sim, é verdade, Shmuley.



SB: Não é como um empresário te pondo de um lado e dizendo, " Michael, você pode ser uma grande estrela. Não exagere!"?



MJ: Não. De jeito nenhum.



SB: Seus irmãos não entenderam isso?



MJ: Não, não entenderam. Eles pulariam sobre qualquer coisa, à qualquer segundo. Se alguém dissesse, " Eu quero uma entrevista com vocês amanhã sobre o novo estilo de Michael." A resposta seria, "Claro!". Por que eles só querem aparecer na TV, estar na TV. Eu acho que as pessoas te apreciam quando você se conserva apenas segura um pouco... sabe.



SB: Se segurar um pouco?



MJ: Se segurar e se construir, e se dar um certo tipo de classe e fazê-los tentar te alcançar e... Eu adoro portões, portões de casa. Eu adoro pilares grandes e portões. Você não sabe o que há atrás deles, além da estrada. Veja esses... Sabe, você diz, " Deus, quem vive ali?" Eu adoro isso. Sabe, você nunca os vê, mas você os portões e eu adoro isso.



SB: Mas os portões de Neverland são tão simples?



MJ: Muito simples, e é como eu os quero. Por que eu não quero que o portão represente, sabe, ele age quase como psicologia. Eu os iria fazer tão, tipo..., quase... Qual é a palavra? Ummm, Eu não estou conseguindo achar a palavra que procuro. As pessoas iriam sacudi-los para abri-los e realmente isso os deixaria meio esfarrapados, então apenas psicologicamente você sente que estaria entrando em um rancho, então quando você dá a volta e tenta dar cor a tudo, como O Mágico de Oz em preto e branco.



SB: Foi exatamente o que aconteceu conosco. A primeira coisa que dissemos quando fomos para Neverland foi, " Isso não pode ser um rancho, que portões simples são esses?" Então enquanto você dirige para dentro do rancho você vê a placa "Bem-vindo à Neverland" e então kaboom.



MJ: Isso.



SB: Isso te acerta.



MJ: Isso, veja, isso é importante de entender no show business. Se abrir demais, para onde mais você vai a partir dali? Você está crescendo demais e não tem mais para onde ir. Você não pode fazer isso. É por isso que eu sempre digo, em parques de diversões, o cara que inventou a montanha-russa, os declives, você primeiro sobe e lá em cima diz, "Oh meu Deus, por que eu fiz isso?" Então o carrinho te leva descida abaixo e te sobe um pouco, então desce, e o cara é um verdadeiro showman, por que ele entende o ritmo e a estrutura, e isso é importante. Isso é muito importante para um artista do show business e muitos dos nossos artistas hoje não sabem nada sobre isso.



SB: Eles se expõem muito.



MJ: Bastante. Bastante.



SB: É essa a sua maior benção profissional, que você tenha nascido com esse ritmo? Você apenas tem aquele senso de tempo e o compreendeu?



MJ: Sim, sim. Eu acho.



SB: É parte de seu amor por Deus e Sua ocultação e tudo isso, é tudo uma coisa só, que você foi meio que drenado para dentro desse mistério divino e que conhece o poder do mistério?



MJ: Sim, eu acho, sim, como você disse, é apenas algo... como o jeito que você fala. Esse é o poder de Deus em você Shmuley. Você tem, eu nunca ouvi alguém falar como você, é incrível. É como se Deus estivesse trabalhando através de você Quero dizer, é assim, quando estou no palco é do mesmo jeito. Eu não penso no que eu vou fazer, e não sei o que vou fazer.



SB: Você apenas entra na energia, no senso de tempo apropriado.



MJ: Você entra nisso, cara. Você se torna um com o que Deus te deu. É como conversar, é espiritual. É entre você, Deus e a platéia, está lá com você. Como se descreve isso, quero dizer como você disseca isso, como você analisa? Não dá. As pessoas perguntam "Como você faz isso?" A resposta seria " Bom, eu trabalho e treino,". Bom, não é assim.

 
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P 21-PENSANDO EM AMBIÇÃO SUCESSO E HONESTIDADE




SB: Então ambição pode ser uma coisa boa desde que não seja impiedosa, desde que não esteja envolvida com ciúme e inveja?





MJ: Sim, desde que não magoe ninguém. Ambição é uma coisa maravilhosa. Saber como a mente funciona e o poder do pensamento e como criamos circunstâncias em nossas vidas. E saber todas essas coisas boas do cérebro, pois não nascemos com as instruções. Você tem que descobrir a verdade para a vida e uma vez que descobre, é incrível conhecer suas possibilidades.



SB: Então você quer estimular essa ambição nas crianças e não reprimi-la?



MJ: Elas têm isso. Você só precisa estimulá-las.



SB: Outra coisa. Vamos falar de honestidade. Uma das qualidades de criança é a brutal honestidade. Às vezes dizer a verdade para nossas crianças machuca. Mas eles sempre dizem as coisas como são. Especialmente antes de crescerem o suficiente para aprenderem a mentir. Se você é gordo, elas dizem que você é gordo. Se você é feio, elas dizem que você é feio. Se você fede, elas dizem que você fede. Isso é sempre uma coisa boa, ou temos que ser mais diplomáticos?



MJ: Acho que devemos ensiná-las a serem gentis e como você pode acabar ferindo o sentimento das pessoas. Nós estávamos lá [no estúdio de gravação] ontem, Prince e eu. Um dos músicos que trabalha comigo é gordo, muito gordo, e Prince disse, "Ele tem uma barriga que parece um balão." Eu disse, " Prince, você está certo, mas quando estiver perto dele não diga isso, pois vai fazê-lo chorar." Ele disse, " Okay, eu prometo." Apenas o ensinei que não se pode magoar as pessoas.



SB: Okay, mas enquanto encorajar as crianças a dizerem a verdade? Então você não está dizendo para Prince que isso não é verdade, pois não seria uma qualidade de criança fazê-lo mentir. Você está apenas dizendo que guarde a verdade dentro dele. Você não disse para Prince, “Ele está muito bem do jeito que está. Ele não é gordo!"



MJ: Eu não fiz isso.



SB: Então é importante ser verdadeiro. Vamos dizer que você tenha um músico que não seja muito 'veloz' e está atrasando o álbum. O quê você faz?



MJ: Eu vou até os músicos. Uma senhorita estava tocando totalmente fora do ritmo e eu disse para o cara, “Deixe-a continuar, mas amanhã não a deixaremos vir," e ela não foi avisada que não poderia vir do dia seguinte. Mas fizemos tudo calmamente.



SB: Então às vezes você tem que lidar com essas situações difíceis e você lida com honestidade, mas sem tentar magoar as pessoas.



MJ: Você tem que fazer isso sem magoá-las.



SB: Então há um jeito de ser verdadeiro sem magoar?



MJ: Absolutamente. Eu não vou não vou à escolha do elenco dos meus curtas [ Michael sempre chama seus clipes de curtas] especialmente quando há crianças para serem selecionadas. Eu não quero ficar lá dizendo. " Okay, vamos ver o quê você sabe fazer," e então eles mostram o que sabem e não são chamados. E Então dizem "Michael Jackson me decepcionou." Eu tenho pessoas que gravam tudo e eu assisto em casa e decido. Eu não posso encarar a dor que eles sentem por não terem sido aceitos. Eu sempre tenho que fazer desse jeito.



SB: Então, honestidade é muito importante no jeito que você cria prince e Paris.



MJ: [falando com Prince] Prince isso está cheio de 'caca'. Não ponha isso no cabelo. Essa é a pazinha de caca do cachorro. Não ponha na cabeça.



SB: À propósito você ouviu quando eu disse que Paul McCartney é supostamente um dos maiores colecionadores de desenhos animados? E você estava falando sobre esses grandes artistas que são como crianças?



MJ: Sim, sim. Ele ama desenhos e os leva muito à sério. Ele coleciona. A minha é maior que a dele agora, se você for a videoteca que temos você verá filas e filas de desenhos, pois eu adoro. É um grande escape para mim, o mundo dos desenhos animados.



SB: Pensando em sucesso, você se disse alguma coisa? " Eu tive sorte, veio de Deus, não foi só eu. É um dom divino. Eu não tenho o direito de ser arrogante?"



MJ: Sim. As pessoas sempre me perguntam como eu não deixei isso me subir à cabeça. Um, pois obviamente não sou eu. Então como você ousa pensar que foi você quem fez isso? Não fui eu. Não foi Michelangelo. Ele foi tocado por uma inspiração divina. Isso é um dom. Eu penso que você cultiva algo até certo ponto. Mas para ganhar a genialidade, isso é como um dom.



SB: Pessoas que julgam sempre têm a mente pequena. Como chegamos num nível tão baixo, Michael.Enquanto amadurecemos, nossos corpos crescem, mas frequentemente nossas mentes parecem ficar menor. Você acha que as crianças têm coração maior do que os adultos? O quê os faz encolher?

Por que o seu não encolheu? As pessoas mais famosas ficam, o fato de terem menos amor no coração elas ficam mais absorvidas. O quê faz mentes grandes se tornarem pequenas? Pois elas ficam intimidadas. Sentem que seus sonhos não foram realizados e ficam na dEfensiva. Então o mecanismo de defesa é julgar, descartar. O quê faz com que fiquemos menores e por que isso não aconteceu com você? Por que você não foi absorvido enquanto ficava cada vez mais famoso? Por que você se importa com o resto do mundo? Você tem helicópteros e jatos particulares. Por que crianças comuns de repente aparecem na sua vida?



MJ: Sabe por que, Shmuley? Quando você vê as coisas que eu tenho visto e quando viaja pelo mundo todo, você não seria honesto consigo mesmo e com o mundo se você fosse assim. Eu apenas não consigo me ver não sendo tocado pelas coisas que eu tenho visto, como aquele vilarejo na China, e as coisas que eu tenho visto na África, na Rússia, na Alemanha e Israel.Eu lembro daquele bebezinho lutando para viver com todas aquelas coisas no nariz, num hospital em Israel. Como o seu coração poderia não ser tocado por isso? Eu digo para todo mundo, para as crianças, para todo mundo, " Venham, crianças, vocês precisam ver isso," pois eu entendo a sensibilidade do quanto crianças são importantes, ajudando as pessoas, tocando o mundo, chegando aos desprivilegiados. Ser materialista e mostrar esse senso de egoísmo sempre é algo que eu desaprovo.



SB: Por que o sucesso não te subiu à cabeça? Você sente orgulho de não ser arrogante. Como você reteve essa sensibilidade? Por que isso tudo não te subiu à cabeça? Por que você visita orfanatos? Por que isso não aconteceu com você? Como você se mantém grande e sem ser alguém que julgue quando deveria estar absorvido? Acontece com todo mundo. Você viu isso acontecer com seus amigos, e eu tenho certeza, que teve sucesso.



MJ: Isso é difícil de responder. Eu sou mais sensível à dor e ao amor das pessoas. Eu acho que está dentro de mim.
 
 
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quarta-feira, 12 de maio de 2010

P 20 - A DOR DE PERFORMAR E A PRESSÃO DE MANTER-SE NO TOPO






SB: Você sempre sente que está sempre se pondo à prova, que tem sempre que performar, que nunca há descanso, que nunca tem aquele período onde possa brincar sem se preocupar ou impressionar?



MJ: Eu amo arte. Eu amo muito. Minha mãe sabe sobre mim. Eu amo pinturas e esculturas e todas essas coisas. Eu tirava nota A em Arte e em Inglês. Eram duas matérias que sempre tirava um A+. Eu fui muito pouco a escola, eu tive minha tutora. Mas nos anos que eu fui à escola, a professora sempre me usava como exemplo de bom aluno em Inglês e em contar estórias, pois sempre tínhamos que escrever as mesmas estórias. Mas ela costumava me fazer ir lá na frente - o que eu odiava- e ler minha estória para a classe e eu ganhava bastante aplausos. Não por causa de quem eu era, mas por que eles realmente gostavam das estórias que eu escrevia. Eu tinha um portifólio de tudo isso, pois eu sou um artista, também, e eu gosto de desenhar e pintar. E alguém o roubou e isso partiu meu coração, pois eu sempre quis guardá-lo. Um dia vai aparecer em algum lugar, pois eu sou realista e não abstrato. Há pessoas pelas quais eu sou apaixonado, totalmente. Eu morreria por eles. Eu adoro Michelangelo e Charlie Chaplin com todo o meu coração. Eu adoro Walt Disney. Há pessoas pelas quais eu sou doido. São minhas pessoas. Eu amo os mestres.



SB: Há uma pressão fenomenal. Você sempre tem que ser Michael Jackson, 100 milhões de álbuns vendidos?



MJ: E a imprensa, ela espera com facas.



SB: Pelo seu fracasso?



MJ: Absolutamente. Eles tentam me retalhar em pedacinhos então tem que ser além da expectativa, além do brilhante. Eu dou tudo o que tenho.



SB: Mas isso esgota você?



MJ: Sim. Por que quando você é o artista de maior vendagem de todos os tempos, com quebra de recordes, eles esperam... Você é o alvo.



SB: O quê te dá descanso, o quê te dá forças? É Prince e Paris?



MJ: Prince, Paris e todas as crianças no mundo. Não só Prince e Paris - todas as crianças.



SB: Você sente que se o próximo álbum não for tão incrível você não será especial?



MJ: Seria um choque para mim [ se eu não performar tão bem quanto desejo], pois eu me pressiono muito e exijo o melhor de mim. Eu exijo mesmo. A melhor forma que eu possa trabalhar, e ponho bastante pressão sobre mim. Então para que isso aconteça, se tiver de ser assim, seria psicologicamente destruidor para mim.



SB: Mas você sente que as pessoas ainda te amariam se você não fosse mais tão bem sucedido? Você ainda se sentiria amado? Uma criança precisa se sentir amada mesmo que ela não vá bem na escola.



MJ: Sim, eu me sentiria, por causa do meu trabalho passado. Mas eu não me sentiria à vontade com isso. Eu tento não olhar para o passado.



SB: Você acha que por causa de algumas das coisas que você descreveu para mim; uma infância muito difícil - sem aniversários, sem Natais - que é por isso que sua carreira tenha se tornado tão importante?



MJ: Provavelmente. Eu acho que sim.



SB: Você não acha que se pune um pouco demais, que é por isso que há tanta dor? Você se pune imensamente se as coisas não saírem perfeitas?



MJ: Eu faço isso. Eu sei que faço. Eu prefiro ser o responsável por isso, pois a palavra final é minha, a edição final é minha. No passado isso deu certo. Oh Deus, mas se essa diminuição de sucesso tiver que ser, eu não sei o que faria.



SB: Mas você não vê Michael, é disso que você tem que se libertar.



MJ: Eu sei, mas eu não consigo. Sou eu. Não fui feito para pensar assim.




Credito: http://michaelfasmj.blogspot.com/
P 19 - SEGUINDO A REGRA DOURADA- COM OUTRAS PESSOAS





SB: Vamos voltar ao assunto da justiça. Quando você vê tantas injustiças sem recurso da justiça, quando pessoas são mortas e seus assassinos nunca são encontrados. Quando lixo é escrito sobre você e as pessoas consumem isso, na verdade são até promovidas, como você continua a acreditar na justiça?





MJ: Eu não acredito na justiça. Eu acredito nisso, mas não nesse...



SB: Você não acredita que a retidão será compensada e os que fazem coisas erradas serão punidos? Que pessoas deveriam prosperar e que os perversos deveriam fracassar e afundar?





MJ: Tudo isso é coisa que os homens fazem. Eu acho que o mal vive no coração das pessoas. E aí que você e eu podemos discordar. Eu não acredito que aja um diabo por aí manipulando nossos pensamentos. Foi assim que me ensinaram.



SB: No Judaísmo não acreditamos no diabo. Então não discordamos tanto o quanto você pensa. Onde discordamos é na crença de que pessoas que fizeram coisas muito más acabam internalizando isso em tal grau que isso se torna de quem eles são. Eles podem começar fazendo coisas ruins, mas depois de um tempo elas se tornam ruins. Um famoso filósofo judeu chamado Maimonedes disse "Hábito se torna segunda natureza" e eles se tornam um com o que fizeram. Elas se tornam más. Não há esperança para pessoas como Hitler. E ninguém, nem mesmo você, pode mudar isso. Elas são más até o âmago.





MJ: Eu pensava que o diabo era muito mal. Ele está nesta sala e está por trás de todo o mal nesse mundo. O diabo é muito ocupado. Olha como todo mundo está virando gay e olha o que as mulheres estão fazendo. Eu acho que o diabo é o próprio homem.



"No comentário sobre os gays, eu acho que Michael estava parafraseando com o fato de muitas pessoas porem toda a culpa no diabo e não expressando sua própria visão. Certamente, Michael nunca fez um comentário homofóbico para mim, e seria muito fora do caráter dele se tivesse feito. Ele não era do tipo que julga desse jeito."

Boteach



SB: Como pode as pessoas sustentar um crença na justiça num mundo tão cruel?



MJ: Siga a Regra de Ouro. Seja gentil com seus vizinhos, ame-os assim como você se ama, faça para os outros...



SB: Como você sente quando as pessoas não ligam para a crueldade? Você fica zangado? Você diz, não há justiça, essas são pessoas más?



MJ: Eu fico zangado, sim. Mas e sei que o mundo é assim. Esse é o tema do meu show: Seja gentil, cure o mundo. Vamos sair daqui como seres humanos diferentes. Vamos amar. É como ir à igreja, mas sem pregar. Eu faço isso através da música e da dança. Marylin Manson diz no palco, "Mate Deus... pega a Bíblia deles e rasguem..." E a imprensa não o ataca! E ele tem seios como as mulheres...



SB: Então quando você vê pessoas que são más, prosperando muito, você olha para Deus e diz, " Não consigo entender isso!"



MJ: Não, por que eu sei o que sinto.



SB: Então o quê você pensa em momentos assim?



MJ: Eu acredito que há pessoas boas no mundo e eu creio que Deus existe. Eu não acredito que Deus julga. Eu não acredito que Ele está lá em cima dizendo, " Você está certo, mas eu vou aniquilar você." Eu não pensaria assim.





SB: Não há inferno no Judaísmo também. Há punição para a purificação, mas não punição pela danação.





MJ: Mesmo? Eu acho isso muito bonito, pois aprendemos a acreditar no diabo e Lúcifer e no solo fúnebre, onde nunca se terá ressurreição e julgamento*. Há uma decisão sendo nesse exato momento em que conversamos. Jesus está colocando algumas pessoas à direita e outras à esquerda, e quando vier o fim do mundo todas essas pessoas à esquerda serão 'engolidas' e serão mortas para sempre.Isso não é justo, é? Há muitas pessoas bonitas e boas no mundo não importa a religião, não importa a raça. Se há mesmo tal coisa como justiça celestial, eu não acho que Hitler não teria como escapar como o que fez e pelo tempo que fez. Então se tem essas pessoas que dizem, " Isso acontece por uma razão, para ensinar o mundo a não deixar isso acontecer de novo." Uma ova! Você precisa que um milhão de crianças morra para ensinar alguma coisa para o mundo. Eu não aceito isso.



SB: Um dia quando isso acabar vamos pedir à Elie Wiesel para te levar em Auschwitz, onde muitas dessas crianças morreram. Isso seria intensamente tocante. Você tem que ler o livro, NIGHT. O livro dele é um dos mais influentes do século vinte. Ele tinha 16 anos quando estava em Auschwitz. Ele é o mais famoso sobrevivente do Holocausto no mundo.





MJ: Ele não é amargo. Ele é assim como Mandela.



SB: Então você não acredita em justiça? Você a tem visto sendo subvertida tantas vezes para acreditar nela?



MJ: Eu acredito que deveria haver justiça, mas não acredito no sistema de justiça. É isso que eu tinha a dizer. Você tem visto as coisas que acontecem no mundo e como as pessoas não se importam com elas.



SB: A maioria das pessoas boas que você conheceu, eles prosperaram?



MJ: Absolutamente


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terça-feira, 11 de maio de 2010

P 18 - RACISMO, RELIGIÃO E ANTI-SEMITISMO.




SB: Então você tem sido a voz de muitas pessoas que foram deixadas de lado. Como na música "The Don't care About Us," a mensagem principal é sobre quem? Os pobres? O Terceiro Mundo?





MJ: Bem, eu diria que não se importam conosco aqueles que nos tratam injustamente, aqueles que são tratados como escória, sendo chamados de 'crioulos', sendo chamados pela palavra a qual me interpretaram mal quando eu disse daqueles que dizem "Kike" para outras pessoas. Quando eu era pequeno, judeus, tínhamos advogados e contadores judeus e eles dormiam na minha cama perto de mim e eles se chamavam de "kike". Eu perguntei "O quê é isso?" E responderam, " Essa é uma palavra ruim para os judeus. Para os negros dizem 'crioulos'". Eu disse "Ohhhh." Então eu sempre que tomo conhecimento de pessoas sendo ofendidas, elas são chamadas de 'crioulas', são chamadas de 'kike'. Isso o que estou dizendo eles usaram. Entenderam tudo errado. Eu nunca ... você sabe?



SB: Você estava tentando falar por aqueles que não tinham voz?



MJ: Sim, aqueles que não tinham voz. Eu nunca ensinaria ódio, nunca. Isso não era o que eu pretendia.



SB: Você tem orgulho de ser americano? Quando você fez todos esses shows no exterior, você se sentiu como um representante da América?



MJ: Espero que você não entenda isso errado, o que estou prestes a dizer, mas eu sinto que eu pertenço ao mundo e odeio escolher lados. Embora eu seja americano, que eu tenha nascido nesse país e há muitas coisas que eu tenha orgulho, mas outras não... Ignorância... assim como o quadro de [Norman] Rockwell da garotinha tentando ir à escola para aprender e pessoas tacam coisas sobre ela. Eu não entendo o racismo. Minha mãe - e ela é um anjo e uma santa - ela estava saindo do supermercado e havia um bloqueio em minha casa em Encino, ela estava no Mercedes dela. E minha mãe ama todo mundo, e um cara branco gritou, "Volte para a África, sua crioula!". Isso me magoou muito, isso o que aconteceu com minha mãe... isso não foi mais do que cinco anos atrás, o cara tinha inveja. Eu sei de histórias sobre meus irmãos em seus Rolls-Royces quando saiam e trancavam os carros e então quando voltavam eles haviam descoberto que um cara branco riscara os carros com uma chave só por que era um cara negro que dirigia. Eu odeio coisas assim, pois a cor da pele de uma pessoa não tem nada a ver com o conteúdo de seu caráter.Eu amo os bebês judeus, os bebês alemães, os asiáticos, os russos. Somos todos iguais e eu tenho a hipótese perfeita para provar isso. Eu toco para todos esses países e eles choram em todos os meus shows. Eles riem, ficam histéricos, desmaiam e essa é a hipótese perfeita. Existe algo que diz que todos somos os mesmos. Eu tenho ouvido que os Russos são difíceis e que os Alemães não têm sentimentos e emoções. Todos eles mostram muita emoção nos meus shows... e até mais então. Alguns dos meus fãs mais queridos são Alemães e Russos. Ficam todos de pé no frio só para me verem um pouquinho. Eles gritam, " Nós queremos mudar o mundo. Nós te amamos." E são pessoas jovens, sabe, não teve nada a ver com a guerra e toda aquela loucura condicionante. Eles são diferentes agora, sabe. A nova geração é diferente. São maravilhosos. Eu me sinto uma pessoa do mundo. Eu não consigo escolher um lado. Por isso odeio dizer "Eu sou americano". Por esse motivo.



SB: Então você acredita no fato de que foi um dos primeiros incrivelmente bem sucedidos e famosos homens negros tenha afetado sua carreira nessa extensão? Algumas das coisas injustas que as pessoas fizeram, foi esse racismo parcial que sua mãe sofreu?



MJ: Sim, pois antes de mi houve [Harry] Belafonte, houve Sammy [Davis Jr,), houve Nat King Cole. Eram artistas e as pessoas adoravam a música deles. Mas eles não tinham adulação, e não tinham pessoas chorando por eles e dizendo " Sou apaixonado por você e quero casar com você". Eles não tinham pessoas rasgando a roupa e toda a histeria e gritaria. Não tocavam em estádios. Eu fui o primeiro a quebrar esse molde, onde garotas brancas, escocesas, irlandesas gritando, " Estou apaixonada por você, eu quero você...," E boa parte da imprensa não gostou disso. Foi isso o que dificultou para mim, pois fui o pioneiro e começaram a inventar estórias, "Ele é estranho," "Ele é gay." " Ele dorme numa câmara hiperbárica." "Ele quer comprar os ossos do Homem Elefante" - Tudo para colocar as pessoas contra mim. Eles tentaram ao máximo. E ninguém morreu como viciado até agora, quem passou por tudo o que eu passei.



SB: O quê te deu força para perseverar?



MJ: Acreditar nas crianças. Nos jovens. Acreditar que Deus me deu isso por um motivo para ajudar os meus filhos.



SB: Então embora pessoas mais velhas tivessem sido más, você ainda acreditava que a geração mais jovem tinha gentileza em seus corações?



MJ: Absolutamente. Eu ainda até hoje estou tentando compreender. Eu estou tendo problemas em meu coração com essa coisa judia. Estou tendo problemas com isso.



SB: Que coisa judia?



MJ: Quando eu soube do tanto de crianças que morreram só no Holocausto... [começa a entristecer]. Como pode o homem fazer uma coisa daquelas? Eu não entendo. Não interessa de que raça seja. Eu não compreendo. Eu não entendo isso tudo. Realmente não entendo. Que tipo de condicionamento... Eu não entendo esse tipo de coisa. A condição de uma pessoa faz você odiá-la tanto assim? É possível que eles tivessem feito isso com o coração? Não podem fazer isso com o meu. Conseguiriam fazer isso com o seu? Sinto muito.



SB: Eles conseguiriam fazer isso se nós nos permitíssemos ser suscetíveis ou se ferirmos nossa conexão com Deus que exige retidão.



MJ: Hitler foi um orador genial. Ele era capaz de fazer as pessoas prestarem atenção, mudarem e odiarem. Ele tinha que ser um showman e era. Antes dele começar a falar, ele pausava, bebia muita água, e então limpava a garganta e olhava em volta. Era um 'artista' tentando saber como trabalhar sua platéia. Ele então entrava em fúria nas primeiras palavras e ele pegava a platéia. Mas de onde vinha isso? Eu sei que ele falhou na escola e queria ser um arquiteto. Ele falhou em monte de coisas. Mas eu acho que tudo começou na prisão, toda a coisa Mein Kampf, não foi? Eu acredito nisso.



'A análise de Michael de Hitler como showman foi brilhante. Eu subsequentemente assisti varios dos discursos de Hitler e Michael estava absolutamente certo. Hitler se levantava para falar, pausava, agitava a multidão com uma antecipação quieta, e só depois ele começava vagaroasamente.'



SB: Onde ele escreveu o livro e começou a formular suas idéias?



MJ: Sim, sim. Ele construiu aquela raiva, com tanta força, enquanto Mandela fez o oposto. Ele se tornou um cordeiro na prisão. Ele não tinha amargura, até hoje diz que embora tenha oitenta anos e que sua juventude tenha ido - porque ele esteve na prisão por tanto tempo - ele não se arrepende de nada.



SB: Mas ele perdeu a juventude?



MJ: Não, ele é um homem gentil e é bem como uma criança.



SB: Ele gosta de rir?



MJ: Ele ama crianças, pois quando eu vou visitá-lo eu fui com algumas e pessoas diziam que as crianças tinham que ficar, mas Michael Jackson podia passar. Eu disse, "Eu tenho certeza que o Senhor Mandela não vai se importar em ver essas crianças. Eu não vou a menos que elas possam ir também." Eu lembro que os representantes dele olharam para mim assim [Michael faz uma expressão facial de rigidez e suspeita] e voltaram e disseram. “Todos podem entrar!" A primeira coisa que Mandela fez foi ir direto às crianças para abraçá-las. Eu sabia que ele era esse homem gentil e que ele as amava. Ele conversava com elas e só depois veio me cumprimentar. Eu sabia que eu estava certo.



SB: Você é o oposto de Hitler? Deus te deu esse carisma fenomenal, enquanto ele [Hitler] botou para fora a fera que existe no homem você quer trazer para fora um pouco dessa inocência e bondade no homem. As forças mais obscuras e malignas foram libertadas dentro dos Alemães sob a direção de Hitler. Agora Deus te deu esse carisma fenomenal também. . Você está usando isso para trazer para fora a inocência e a bondade no homem?



MJ: Eu acredito nisso. Você pode mudá-los, pois ir aos meus shows é como ter uma experiência religiosa, pois você chega de um jeito e sai diferente. É realmente assim.



SB: Esse é um dos seus objetivos, tentar puxar isso das pessoas e não só entretê-las?



MJ: Absolutamente, e fazemos isso. Eu gostaria que você pudesse o que conseguimos fazer nos shows. Como quando tivemos um tanque enorme no palco como num exército e um soldado sai dele aponta a arma para todo mundo. E então ele mira em mim e toda a platéia começa a vaiar. Isso acontece em todos os países... e eu pego a arma e a abaixo e todos começam a gritar. E então uma garotinha - eu sempre trago uma menininha local - com uma flor ela vem e a entrega ao soldado, bem perto do rosto dele,e ele começa a chorar ajoelhado. E a multidão enlouquece todas às vezes. Então eu começo a fazer um discurso e um garotinho à frente do palco traduz esse discurso em linguagem de sinais e você para a platéia e todos estão chorando. Acontece em todos os países. Essa parte de Earth Song. Eu tenho o embaixador da boa vontade no mundo inteiro levando essa mensagem. Então cantamos Heal the World, crianças de todas as nações dão as mãos ao redor de um globo enorme, e temos numa tela enorme mostrando os líderes mundiais ao fundo e é uma coisa incrível. Enquanto outros cantores cantam sobre sexo 'e eu quero entrar numa banheira quente com você baby e te esfregar todinha' e ainda assim sou eu quem sou massacrado pela imprensa sendo chamado de esquisito. Isso faz sentido pra você?



SB: É claro que não, não mesmo.



MJ: Isso não está certo, está?



SB: Isso está mudando diante dos seus olhos.E se eles não entenderam? E se eles eram como os nazistas, apenas pessoas más?



MJ: Não consigo imaginar que eu não consiga atingir o coração deles de algum jeito.



SB: Então você acredita que se você estivesse cara a cara com Hitler você conseguiria...



MJ Absolutamente. Absolutamente! Ele deveria ter tido muitas pessoas em volta dele que só concordavam por medo dele.



SB: Você acredita que se tivesse uma hora com Hitler você conseguir tocar alguma coisa dentro dele?



MJ: Absolutamente. Eu sei que conseguiria.



SB: Com Hitler? Ora, Michael! Hitler?! Então você não acredita que alguém seja completamente mau e que não haja jeito de tocá-los. Então você não acredita em punir a maldade por que ...



MJ: Não, eu acredito que se tenha que ajudá-los, dar terapia á eles. Tem que ensiná-los, que em algum lugar alguma coisa na vida deles deu errado. Não vêem o que eles fazem. Não entendem que muitas vezes isso é errado.



SB: Mas Michael, claramente há pessoas que são irremediáveis. Como Hitler. Ele era o mal encarnado. Não havia humanidade ali a qual você poderia se dirigir. Você estaria falando como o abismo, com uma escuridão a qual você nunca teria testemunhado antes. E aqueles que mataram um monte de pessoas? Você não acredita que deveria não haver terapia para eles? São assassinos e precisam encarar uma punição severa.



MJ: Eu sinto horror disso. Eu desejaria que alguém pudesse alcançar o coração deles.



SB: E se eles já tivessem feito? Se já tivessem matado suas vítimas.



MJ: Se já tivessem feito, isso está errado.



SB: Eu vou esclarecer mais isso. O interessante sobre em como você vê o mundo é que você o vê com olhos de criança. Okay, o outro lado disso é que como as crianças você acharia difícil entender que alguém possa ser verdadeiramente mau - que é o porque das crianças serem tão de confiança - você tem o mesmo problema. Mesmo quando o mal está na sua cara você quer dizer que há alguma bondade. Então eu não pediria à alguém como você para construir todo um sistema judicial de punição por que não seria a sua contribuição para o mundo, e francamente, você faria um péssimo trabalho. A punição vem uma vez que os gestos da idade adulta que são cruéis, e precisam de punição. Mas no mundo de uma criança essas coisas não existem e então não precisam ser punidas. Mas, vamos lá Michael, você realmente acha que poderia alcançar Hitler?



MJ: Uhum. Sim.



SB: Encontrando algo de bom nele de algum jeito?



MJ: Sim, eu acho que conseguiria. Realmente acho que conseguiria. Ninguém conversava com ele pra valer. Eu acho que ele rodeado por, eu odeio dizer isso, bajuladores. Mas é isso o que eles eram. Era isso o que ele queria, E era isso o que fizeram.



SB: Ele nunca foi desafiado?



MJ: Havia alemães contra ele. Até tentaram matá-lo, lembra?*



SB: Sim, Claus Von Stauffenberg. Mas ele e seus conspiradores assassinaram, no muito, umas centenas numa população de dezenas de milhões. Nessa há uma distância enorme entre você e eu, Michael. Hitler era intrinsecamente mau. Você nunca conseguiria alcançá-lo. A única coisa a se fazer com pessoas assim é purgá-las do mundo.Então você perdoa todo mundo em seu coração exceto certos membros da imprensa que são más e pessoas que machucam crianças?



MJ: Sim.



Credito: http://michaelfasmj.blogspot.com/

segunda-feira, 10 de maio de 2010

P 17- KARMA E JUSTIÇA



SB: Eu realmente gosto do fato de em Neverland a Segurança ser chamada de 'Salvamento'... está no distintivo deles, uniformes e chapéus.



MJ: Eu não sei.



SB: O fato de estar escrito 'Salvamento' em vez de Segurança, é como, " Não estamos aqui para o mundo do lado de fora, mas simplesmente para assegurar que todos os visitantes estejam à salvo aqui." É menos intimidante e mais humano.

Crianças têm um senso muito forte de justiça. A coisa mais comum que eu ouço dos meus filhos é, "Isso não é justo." Você diz que essas pessoas que fazem isso se esquecem disso. E por um lado crianças têm esse senso forte de justiça, e do outro lado vemos pessoas más fazendo coisas e ninguém as impedem.



MJ: Acontece o tempo inteiro. Eu penso que justiça é muito importante, pois há muita injustiça no mundo e eu odeio injustiça. " Estou cansado de injustiça" é a abertura de uma das minhas músicas no meu último álbum, chamada Scream. Essa é a primeira frase que eu digo. Depois vem Janet dizendo " Oh meu Deus não posso acreditar no que vi na TV essa noite. Fiquei enojada com toda a injustiça", Por que eu queria que as pessoas soubessem disso e elas não estão nem aí, e eu não acredito em karma. Eu acho que isso é uma grande besteira, por que muitas pessoas mal intencionadas, pessoas ruins estão no topo do mundo, se dando bem e as pessoas as amam, sem importar o quão má ela são.



SB: Eu adoro quando você faz declarações fortes assim.



MJ: Bom, sinto muito, mas é besteira. Karma é uma teoria como qualquer outra teoria que os humanos inventam.



SB: Bem, “O que vai, volta" e tudo bem, pois há uma grande verdade nisso. Mas karma poderia ser ruim de verdade, pois karma diz que crianças deficientes fizeram alguma coisa má na vida passada.



MJ: É uma ótima fala e sinto muito por falar sobre isso. Mas eu odeio qualquer um que diz coisas assim. Uma criança que fez algo ruim na vida passada e por isso Deus as manda com deficiências? Há todos esses órfãos só nesse país, vindo para a América para serem adotados. O avião cai. Todas as crianças no avião morrem. Por quê? Se você pudesse salvar todas aquelas crianças, se você estivesse no Céu, você diria, " Essa não vai descer. Talvez aquela, mas não aquela." Eu sei, eu diria.



SB: Você já teve gurus espirituais do oriente que chegaram para você e disseram, " Michael, crianças são atropeladas por caminhões por que elas fornicaram na vida passada?"



MJ: Não, e se tivessem dito isso eu ficaria furioso e daria à eles todas as razões para mostrar que isso é um monte de besteiras. Isso é 'caca' [ Michael não quis dizer 'merda']. É uma teoria como todas as outras teorias sobre o universo. Algumas pessoas acreditam na teoria do Big Bang, que eu não acredito, e outras acreditam na Criação, aquela história de Adão e Eva, que esse universo não foi um acidente. Dizer que esse universo foi originado pelo Big Bang ou por acidente é dizer, "Okay, eu quero que peguem um motor de carro pois vamos tirar um pedaço e colocar numa banheira, e então eu quero que comecem a chacoalhá-la." Você pode chacoalhar essa banheira por 100 anos que nunca irá se tornar o motor perfeito. Todas as peças para se juntarem e formar um motor, é assim que a teoria do Bing Bang diz, e então houve uma grande explosão e agora temos crianças, árvores, plantas, o ar que respiramos o oxigênio. Alguém tinha que criar isso, um designer tinha que criar isso. * Você concorda?



SB: Isso é o mais importante de todas as crenças religiosas, que Deus é a origem da vida.



MJ: Quando eu costumava ir de porta em porta em porta [trabalho de campo das Testemunhas de Jeová] e as pessoas diziam, "Somos ateus," Eu pensava "O quê? Eles não acreditam em... " Eu ouvi muito isso e eu tinha um irmão que era ateu por um tempo, mas eu acho que não é mais. Tito era ateu mesmo depois de ter sido criado como uma rígida Testemunha de Jeová. Eu sei que alguns dos diretores famosos, o cara que dirigiu Singing in the Rain e que ganhou prêmios da Academia, Stanley Donen...



SB: Então quais os argumentos você tem para pessoas que te dizem ser ateus?



MJ: Eu tento falar sobre os milagres da vida, as crianças, olhar nos olhos delas, nossos corpos, como tudo funciona perfeitamente, isso não acontece por conta própria. De jeito nenhum. Então eu pergunto por que estamos aqui e por que nos permitimos nos destruir. Por que somos a única espécie que se destrói. Todas as espécies nesse planeta... Eu não entendo como tanta injustiça acontece. Por que algo no Céu não parou o Holocausto ou alguns dos grandes genocídios que aconteceram no mundo, dos linchamentos à escravidão, dos grandes problemas, à Stalin, à...? Eu odeio dizer isso, mas Napoleão, também. Ele é louvado por seu genocídio [presumo que Michael se refira a guerra que ele causou], onde Hitler é chamado de O Diabo, que ele era. Mas ambos fizeram a mesma coisa. Mas um o fez por seu país e outro fez também! Mas um monte de gente morreu com Napoleão. Há estátuas de Napoleão...





(Na capa do disco Dangerous Napoleão é representado com uma cabeça de cachorro) *EU








SB: Bom, ninguém foi tão mau quanto Hitler. E Napoleão, ainda que sendo um homem que iniciou muitas guerras, era um ditador benevolente e forma alguma poderia ser comparado a Hitler. Ainda assim, nos dias dele, Napoleão era referido pelos Ingleses e outras nações da Europa como "A Besta". O chamam de Anti Cristo.






MJ: Mas ele morreu solitário numa ilha totalmente sozinho.



SB: Você gosta de ler sobre História?



MJ: Eu gosto, mas não sei em que acreditar ou não acreditar. Por que eu sei que muito do que é escrito sobre mim é distorcido... sobre mim... muita coisa é distorcida. Pois esse país foi tomado dos índios, a Austrália dos negros e o Apartheid, como mataram tantos negros.



SB: Você que a maioria das mortes dos povos indígenas aqui nas Américas, assim como muitos dos escravos que foram trazidos da África, foi por causa de doenças e germes. Quase 90% dos Nativos Americanos morreram por causa de doenças européias. Veja que os europeus tinham tantas doenças no sangue deles que desenvolveram imunidade. Mas os Nativos Americanos não tinham tanta imunidade e os germes dos europeus matou mais ou menos 87% dos indígenas nas Américas, e algo como 95% dos aborígines morreram de doenças. Eles viviam num ambiente salutar sem as doenças dos europeus.



MJ: Eu odeio isso. Sinto muito eu odeio.



SB: Sabe, quando eu fui à Austrália recentemente e eles estavam debatendo sobre como o governo poderia finalmente se desculpar com o povo aborígine.



MJ: Eu sei disso tudo. Eu falei com Frank sobre isso, lembra? [Frank Cascio estava na sala durante a conversa]. Disseram que se se desculparem então eles teriam que pagá-los do mesmo jeito que estão pagando os judeus pelo Holocausto. E não querem pagar então não podem dizer que sentem muito. Eles erraram por que estavam preocupados que estendessem a mão pedindo por dinheiro.



SB: Você acha que eles deveriam fazer isso?



MJ: Absolutamente, e dar aos judeus o crédito por terem sobrevivido ao passado. Sim. Os alemães pagaram os judeus 47 bilhões por ano em taxas por causa do Holocausto.



SB: Na verdade nem perto disso. Mas os judeus nunca foram pagos pelo trabalho escravo e certamente nunca aceitaria dinheiro sujo de sangue por 6 milhões deles mortos. No lugar disso, eles foram compensados por alguns bilhões de dólares em propriedades confiscadas que foram roubadas e destruídas pelos Nazistas e seus colaboradores, e ainda assim eles apenas tiveram uma fração do que perderam.



MJ: Mas eu odeio quando as pessoas hoje em dia pensam que todos os alemães são maus, pois eles não são.



SB: Na Bíblia há uma responsabilidade mais 'na horizontal do que na vertical' . Se eu visse você bater em Frank e eu não fizesse nada para te deter, eu também seria responsável, pois estava lá testemunhando, mas escolho não fazer nada para te deter. Mas Prince não seria responsável só por ser seu filho. Não vemos os pecados dos pais acima dos filhos. Então 'responsabilidade horizontal', mas não vertical. Eles não podem ser responsáveis pelo o que os pais fizeram. Então nós não dizemos que essa geração germânica é responsável pelo o que os pais fizeram. Mas sim a geração que perpetrou isso, e aqueles que viram em silêncio, nós o temos como responsáveis.

 
 
Credito: http://michaelfasmj.blogspot.com/

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