domingo, 9 de maio de 2010

P 16- RELIGIÃO E ENCONTRANDO DEUS EM RITUAIS.



SB: Eu sempre disse que o propósito principal da religião era ensinar em sua juventude o que você só consegue achar na velhice. Por outro lado a religião não é principalmente desenvolvida para oferecer segredos cósmicos. Sua retidão e sua profundidade são encontradas especialmente em sua simplicidade: Ser uma pessoa boa, passar tempo com os filhos, amar a Deus. sabe toda aquela sabedoria dos 80 que você deveria ter em sua adolescência para não desperdiçar a vida.

MJ: Certo, eu sei. Eu sei. É disso que estamos falando.



SB: Você é uma das poucas pessoas que parecem religiosas sem praticar religião, sem ter um significado, você tem um senso bem fincado de espiritualidade, mas você não menospreza outros rituais religiosos. Você diz coisas como, "Embora uma vez eu tenha acreditado em Deus em uma igreja, eu agora acredito que Deus está em todos os lugares, Ele está no meu coração... Eu agora encontro Deus nesses momentos que passo com meus filhos. Eu encontro Deus na inocência."



MJ: Sim, isso é verdade, é verdade.



SB: Viu? Você é muito religioso, mas também é importante estar em contato com Deus através de rituais. É como minha esposa Debbie. Debbie é mais espiritual do que eu sou naturalmente. Ela sente Deus mais do que eu. Eu preciso fazer coisas para sentí-Lo frequentemente. Eu não sou a alma pura que ela é. Eu sou muito diferente.



MJ: Então vocês vão para a... uh...



SB: Vamos para a sinagoga toda semana, sim.



MJ: Toda semana?



SB: Absolutamente.



MJ: Que dia?



SB: Sextas e sábados a noite.



MJ: Mesmo?



SB: Sim, claro. Se lembra daquele serviço que temos em minha casa?



MJ: E seus filhos fazem também?



SB: Sim, claro.



MJ: E por quanto tempo ficam?



SB: Nas noites de sexta, mais ou menos uma hora. E então três horas nas manhãs de sábado, e mais uma hora nas tardes de sábado.



MJ: E as crianças ficam por três horas? E se dão bem com isso?



SB: Sim.



MJ: É por isso que são tão comportadas.



SB: Elas são ótimas nisso. São ótimas. E uma vez no mês eu não vou à sinagoga para ficar em casa com eles para praticar orações para saberem o que dizer na sinagoga.



MJ: Então vocês oram?



SB: Fazemos esse serviço em casa uma vez por mês.



MJ: Eles devem ficar lindos orando.



SB: Oh sim, ficam lindos.



MJ: Eu sei que devem ser.



SB: São muito simples. Judeus não são achegados em coisas grandes, e sim nas pequenas. Os que oram nos condicionam a encontrar Deus em cada minuto de todos os dias de nossa vida. Ele está em todo lugar.



MJ: Mas são lindos, não são?



SB: É sobre agradecer à Deus pela chuva, por todos os milagres dados na história dos judeus.



MJ: Uau!



SB: Os judeus estão por aí há muito tempo. Ele cuidou de nós. Somos um povo antigo.



MJ: Uau, e Mushki e outros vão? Baba? [Baba é o apelido de minha filha Rochel Leah, que tinha 3 anos na época].



SB: Baba vai também. Mas não as três vezes no Sabbath, ela vai uma vez na manhã de sábado com Debbie. Pois Debbie está grávida agora, embora às vezes ela vá três vezes, agora ela só vai de manhã. Sabe, nós caminhamos, não usamos o carro. Não dirigimos até o Sabbath.



MJ: E o quanto vocês caminham?



SB: Não é tão longe assim. Mais ou menos meia milha. Não é tão longe.



MJ: Todas as crianças caminham?



SB: Todas elas.



MJ: Mesmo?



SB: Em Oxford [onde servi como rabino por onze anos], era muito longe. Até Oxford caminhávamos três milhas.



MJ: Você e as crianças?



SB: E sempre estava chovendo. Sempre chovendo.



MJ: Shmuley, vocês caminhavam três milhas?



SB: Três milhas.

MJ: E elas não reclamavam?



SB: Não. Às vezes reclamavam se tínhamos que voltar muito tarde, pois costumávamos comer com os estudantes para as refeições de sexta-feira do Sabbath, e frequentemente caminhávamos de volta para casa após a meia noite.



MJ: Eu amo sua família.





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