sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Declarações de fãs que viram Michael em suas últimas semanas de vida

Erika
Aqui está o meu testemunho:

Por mais de 20 anos, tenho seguido Michael com paixão, dedicação e amor infinito. Eu o conheci mais de uma vez, mesmo em lugares calmos e relaxados, como quartos de hotel. Eu também encontrei com ele (com não mais do que outras quatro pessoas) em seu rancho Neverland's.
Então eu posso dizer se Michael estava sob os efeitos dos medicamentos prescritos ou não.
A maioria de seus seguidores sabem que ele era viciado em alguns analgésicos, após passar por algumas doenças e intervenções cirúrgicas, como a que ele enfrentou após o terrível acidente que levou seu cabelo pegando fogo durante a filmagem de um comercial da Pepsi em volta 1984.


Testemunho de Marika(Terça, 06 Outubro 2009)

"O que eu testemunhei em Junho"

Olá todo mundo,

Eu sei que alguns de vocês não gostaria de ouvir o que eu tenho a dizer,mas eu preciso contar minha experiência para vocês todos a compreenderem.
Alguns de vocês podem ter escutado sobre um e-mail que eu enviei em 21 de junho.Foi postado em fóruns sem meu consentimento,e o pessoal me esculhambou,dizendo que eu era uma mentirosa,que estava querendo fama (??) e mais...

Isto é o que eu enviei:

Eu, com dois outros amigos, encontrei Michael Jackson em seu carro em 19 de março de 2009.

Nós conversamos sobre AEG,como ele estava furioso com eles,
tentando azer dinheiro,vendendo ingressos via Viagogo (leilao, cambistas).
Ele disse "Eu odeio escutar estórias como essa!".

Eu e meu amigos vimos um Michael muito frágil.Ele estava com uma calça laranja larga.Mas como ele estava no banco de trás e nós,sentamos no assento dianteiro,ele estava com suas pernas entre as nossas.Nós podiamos ver como sua perna estava realmente.

Ele estava tão magrelo.

Michael não poderia parar de se desculpar pela forma que aparentava: "Você me desculpe me ver assim, estou tão fora de peso!".Ele estava escondendo sua face em suas mãos quando dizia isso.

De qualquer jeito, nós estamos um pouco preocupados,mas penseik,ele tinha 3 meses antes dos shows em Londres,então ele poderia estar trabalhando muito...

3 meses depois, eu e meu amigo voltamos para Carolwood,e ele testemunhou Michael estar sob influências de remédios. Mas o que era estranho,é que era APÓS os ensaios,e não após a visita do Doutor Klein.
Então o que quer que lhe estavam lhe dando foi dado nos ensaios.

Nesta noite,Michael teve perda de memória. Ele estava completamente aceso, já que estava falando dormindo.

Se NÓS vimos isso, não sei como as pessoas ao seu redor, que o viam por 10 horas por dia não poderia ver isto.

Poucos dias depois, Michael convidou eu e minha amiga para o set do projeto do Domo. Minha amiga fez uma jaqueta para ele.
Ele estava trajando uma jaqueta vermelha Balamin,você pode ver no trailer.
Minha amiga lhe deu sua jaqueta e Michael tentou pega-la.
Ele pegou sua própria jaqueta.
Ele estava vestindo calças brancas apertadas e camisa branca apertada.
Pela primeira vez,nós nos demos conta do quanto de peso ele perdeu.
Ele não poderia vestir esta jaqueta.
Ele realmente estava magrelo.E NÃO MAGRO.
O casaco estava muito grande para ele.
Mas ele estava feliz e disse: Oh como você sabe o meu tamanho?!
Ele a manteve.Você viu uma foto dele a vestindo. Datada de 11 de junho.
Ele poderia dar a volta atrás de sua parte traseira literalmente com a jaqueta.
Isto é o por que de eu e minha amiga enviarmos este e-mail em 21 de junho.
Para compartilhar nossas preocupações com sua saúde.

Eu não estou dizendo que Michael estava morrendo de uma doença.
Eu não estou dizendo que Michael estava morto.
Eu não estou dizendo que eu conheço a verdade.

O que eu estou dizendo é apenas que NÓS, FÃS, sentimos que MJ poderia estar em perigo.
O que eu estou dizendo é apenas que NÓS, FÃS, vimos o tanto de peso que Michael perdeu.
O que eu estou dizendo é apenas que NÓS, FÃS, podemos ver que ele estava sob influências.
O que eu estou dizendo é apenas que MICHAEL disse aos fãs que ele estava sob muito pressão, não podendo comer ou dormir.

Agora eu apenas me pergunto por que eles,A COMITIVA DE MJ, continua dizendo que Michael estava em ótima forma,quando qualquer um deles, poderia ver que não estava?.

Eu apenas me pergunto por que,apenas agora, vazou UMA DIVULGAÇÃO DA IMPRENSA sobre autópsia de Michael dizendo que seu peso estava 136 libras.

O relatório da autópsia diz que não sairá até o fim da investigação.
Alguém está ficando assustado?.

Eu não estou dizendo que Michael foi morto.
Eu não estou dizendo que Michael estava doente.
Eu estou apenas dizendo a algumas pessoas:
PARE DE MENTIR PARA NÓS
PARE DE NOS FAZER DE IDIOTAS

Nós vimos em que forma Michael estava
Ele nos disse que NÃO estava se sentindo bem.
Parem de mentir.
Nós já o perdemos.
Tenha as entranhas para admitir a verdade e dizer:
Sim,talvez Michael precisasse de ajuda que nós não lhe demos.
Nós poderiamos ter colocado mais pausas entre os shows,
apenas para fazê-lo se sentir menos nervoso.

Nós não estamos dizendo que estas pessoas o mataram.
Mas ao escutar o problema e ansiedade de alguém,eles poderiam fazê-lo se sentir mais relaxado,ele poderia ter comido, dormindo melhor e não tomaria Propofol.
Consequentemente,ainda poderia estar aqui.


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MJ 11 June 2009




Este é o e-mail que eu enviei para os fãs de MJ e o séquito de Michael se você quiser ler:

Marika Prochet 21 de junho, à 15:21
Queridos fãs mais próximos de MJ,

Esta é uma importante mensagem.Alguns de nós irá odiar isso.
Outros irão começar a pensar.

Como você deve saber, a poucos dias atrás, eu e Moon tivemos
a sorte de ser convidados para o set de Michael's shooting.

Michael estava vestindo calças brancas .Bem apertada.E uma camisa branca.Bem apertada.

Como vocês sabem,Michael tem estado realmente magrelo desde o julgamento. Nós todos conversamos e sempre dissemos:ele está assustadoramente magro. Alguns de nós disse que ele deveria comer.

Mas o que Moon e eu vimos na semana passada nos horrorizou. Ele estava assustadoramente magrelo.
Ele era um esqueleto. Eu vi seu traseiro, e eu quis levantá-lo. Eu nunca senti um choque que nem esse.
E eu já sabia que ele era magrelo. Mas estas roupas... era como se ele estivesse pelado. Eu estava envergonhada.

Eu sai do set. E o que eu deveria dizer aos fãs?
"Oh Deus ele é tão magrelo!" E então,o que eu diria?
"Oh isso foi grande! yeahhh! Eu vi Michael no set! yeah!!!"

Eu tive a mesma reação que eu tive desde o julgamento. Ele agora está mais que magrelo. Ele é um esqueleto. Mas eu não posso fazer nada então vamos falar sobre alguma coisa!
Sobre como eu estava feliz em encontrá-lo.

Mas para ser honesta, desde este dia, me senti esquisita. Com uma sensação de culpa.

Eu senti que eu testemunhei a realidade. Pela primeira vez,
ele não tinha um casaco, uma camisa grande, calça grande. Pela primeira vez, eu vi a realidade da situação. Eu senti que eu já sabia mas não queria aceitá-la.

Honestamente, eu penso que eu sou como todos vocês. Nós estavamos preocupados por 5 minutos mas então,a única coisa que podíamos pensar sobre isso era: eu quero ver o Michael, eu quero dar um abraço,
eu quero dizer eu te amo para ele... Eu penso sobre mim mesma e minha felicidade.

Mas eu comecei a me perguntar: Michael ensaia todo dia, ele está cercado por 200 pessoas, que trabalham com ele todo dia. Mas quem eram estas pessoas?.

Dançarinos que estavam vivendo seu sonhos, Kenny Ortega que está produzindo seu melhor show até então, técnicos, segurança de Michael, o gerente de Michael... e KAren Faye.

Nem família, nem amigos, nem ninguém.

Karen é a única a ter tido amor por Michael. Então eu enviei a ela.
Eu queria saber se o pessoal estava cego ou fazendo nada?

Aqui está sua resposta:

Olá Marika,

Eu sei.
Eu estou fazendo tudo humanamente possível..seu coração e o meu estão no mesmo local.
Por favor mantenha seu amor.
Amor,
Karen
Shanti, Shanti, Shanti

Quando eu li isto,eu percebi eu estava certa.

Ela está fazendo alguma coisa. Mas o que ela pode fazer?

Como todos nós sabemos, Michael não ouvia a ninguém. Ele fazia o queria.
E se você conhece um pouco sobre anorexia, você sabe que se você os pede para comer, é completamente inútil.
Então Karen poderia dizer a ele para comer. Ele não iria.
Pessoas nesta situação precisam de um choque para começar a fazer algo.

Então esta é minha questão a vocês:

Todos nós realmente amamos muito Michael. Nós todos queremos ver seus shows. Nós todos pensamos sobre como será sua primeira fileira. Sobre como nós iremos obter mais tickets.
Sobre como nós iremos encontrá-lo mais que outros fãs. Sobre
como obter uma foto com ele. Sobre nada o machucando.

Como vocês irão fazer todas essas coisas se durante o terceiro concerto ele desmaia no palco, e se seu coração parar durante o caminho para o hospital?.
Como nós nos sentiremos :Nós sabemos que ele estava tão magrelo para fazer 50 shows. Nós sabemos que ele parou de comer durante o julgamento e ensaia 10 horas por dia para nós.

Como você se sentirá essoas disseram que ele estava indo bem mas eles mentiram. Nós falamos que ele era um esqueleto.
Você se sentirá culpado?. Você será capaz de durmir a noite pensando que você sabia e não fez nada?.

Alguns de vocês irá dizer:

"Ele tinha médicos consigo"
"Eles não o deixariam dançar se ele não estava saudável"
"Eu não quero fazer alguma coisa, isto irá me machucar"

Bem deixe me dizer a vocês o seguinte:

Se ele tinha doutores consigo,ele poderia ter ganho peso.
Ninguém vi Lou Ferrigno em algum lugar em torno dos ensaios ou na casa de Michael.
No set, eu vi pessoas ao redor de Michael. Todo mundo estava evitando Michael, olhando em mais algum lugar. Eles todos estavam trabalhando em seu vídeo, cada um com seu interesse.
Muito dinheiro estava envolvido. Não quer ser demitido por que você disse para Michael Jackson comer.
Vocês todos sabem que os empregados de Michael nunca irão assumir o risco de perder seu emprego.
Eles não amam tanto assim Michael.

E para aqueles que estiveram em Carolwood, todos vocês sabem que Michael está completamente sozinho ai.

Se você recebeu este email, isto significa que você é parte dos fãs de MJ que sabiam que Michael não era Peter Pan, Michael não é 100% perfeito, e que neste dia, nós somos os únicos que restam que amam Michael o suficiente para tentar fazer a diferença.

Nós todos vimos Michael em seu pior, e nós todos o vimos ainda vivo. Mas apenas pensar 5 minutos em que o esqueleto que Michael se tornou e irá atuar 2 horas toda noite durante 3 meses.Você será capaz de fazer isso?
Modelos morrem aos 18 de anorexia por que seus corações param*.E elas apenas andam em passarelas.

Michael tem 51. Ele dança 10 horas por dia. E irá dançar 2 horas toda noite durante 3 meses.
Vocês acham que estará ok?.

Agora que você sabe, você irá fazer alguma coisa ou você irá lutar com outros fãs para ter o melhor encontro com ele?.

Por favor,vamos pensar sobre a melhor solução para ajudá-lo . Ele precisa ser chocado por nós.Nós precisamos fazê-lo reagir.
E infelizmente,nós podemos ter de ferir seus sentimentos de algum modo.
Mas ele continuar vivo, é o que importa

Marika

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this is it rehearsals june 2009 History tour 1997







O testemunho da Sandy
Terça, 06 Outubro 2009 16:23

Caros fãs, amigos e aqueles que merecem a verdade…

Decidi partilhar algumas cartas escritas por mim antes da morte do Michael. A última carta que lhe escrevi foi-lhe entregue mesmo antes do ensaio da noite da sua morte. Tomei esta decisão em sinal de apoio à campanha This Is Not It e porque acredito que o Michael queria que disséssemos a verdade uma vez que ele já não está connosco, do mesmo modo que ele nos pediu para fazermos durante todos os anos em relação às acusações, em relação à Mottolla-Sony, etc..

É claro que tudo isto é muito triste e difícil e não é algo que esperasse trazer a público, mas agora que o Michael faleceu, sinto que é ainda mais importante falar sobre apoiar a VERDADE contra as mentiras descaradas e tentativas de ocultação por parte daqueles que rodeavam Michael nos seus últimos meses. Sinto também a necessidade de me defender contra aqueles que dizem que os “seguidores” só vêm a público após os fatos, agora que o Michael já não está conosco. Isso não é verdade e fizemos o mais que pudemos sendo “unicamente” fãs. Tudo aquilo que reivindicamos e dizemos é verdadeiro e é baseado em palavras do PRÓPRIO MICHAEL, no que TESTEMUNHÁMOS DE FATO nos meses anteriores à sua morte, juntamente com o que testemunhámos em relação aos seus “amigos” e “médicos” ao longo das duas últimas décadas em que “seguimos” o Michael.

Em primeiro lugar mostro-vos um correio eletrónico que escrevi a 21 de Junho, quatro dias antes da morte do Michael. Enviei este correio à Karen Faye, a sua maquiadora, e ao Michael Bush, o seu costureiro, que eu sabia estarem com o Michael quase diariamente nas semanas que antecederam a sua morte e sendo eles também as únicas pessoas da sua equipa dignas de confiança e seus verdadeiros amigos. Eu tinha conhecido o Michael, falado com ele e acompanhado a sua condição ao longo de duas semanas em Los Angeles, em fins de Maio, inícios de Junho. Saí de Los Angeles com uma sensação de desconforto, particularmente em relação à óbvia perda de peso por parte do Michael.

Assunto: Por favor cuidem do Michael-POR FAVOR, INTERVENHAM-algo está errado. Eu vi.

Karen, Michael...
Há algo que tem vindo a preocupar-me há vários meses. Acho que há algo de errado com o Michael e a sua saúde ou o cuidado com a sua imagem, o seu peso, e estou realmente preocupada.

Tenho tido medo de dizer qualquer coisa a qualquer pessoa porque creio que não seja realmente meu privilégio de falar de algo tão pessoal em relação ao Michael e falar disso com os fãs pode fazer de nós alvos de rejeição uma vez que o que dissermos pode ser visto como uma crítica a ele. Mas eu quero saber se ele está bem. Também quero saber se ele não está bem e se alguém está a fazer alguma coisa em relação a isso. Há sempre novas pessoas em redor do Michael e sempre foi notório que essas pessoas nem sempre dão prioridade aos interesses do Michael devido aos seus próprios interesses. Contudo, eu espero que vocês se preocupem realmente com o Michael da mesma maneira que ultrapassariam um limite não ultrapassado por outros se vissem que de algum modo ele estaria a magoar-se a si próprio.

É dolorosamente óbvio que o Michael está MAGRO DEMAIS. Eu sei que o peso do Michael varia e, de qualquer maneira, ele está frequentemente magro demais, mas AGORA, ele está REALMENTE MAGRO DEMAIS. Reparei pela primeira vez em Outubro que o seu peso realmente diminuía drasticamente. Passei algumas horas com o Michael na sua “suite” de Bel Air no Dia das Bruxas e mesmo aí fiquei espantada com o nível da sua magreza. Quando ele me abraçou, senti que ele estava realmente despojado. Pedi-lhe para, por favor, cuidar de si e para se manter saudável e disse-lhe que ele tinha boa aparência. Eu estava a tentar explicar-lhe que não teria que perder mais peso, que já estava com boa aparência e que deveria parar por ali. Naturalmente estas palavras deixaram-no embaraçado e ele simplesmente sorriu e agradeceu sem saber o que dizer. Também lhe escrevi uma carta sobre o mesmo assunto, carta essa que ele leu, mas respondeu com um simples agradecimento.

O Michael disse-me naquela altura que estava a preparar uma digressão e eu pensei que talvez fosse normal ele perder peso como parte da preparação. Pedi que ele se tornasse consciencioso da sua variação de peso. Mas agora parece que ele foi LONGE DEMAIS. Conheci-o no local de ensaios de dança há algumas semanas e, honestamente, fiquei CHOCADA. Reparei como os ossos dos seus ombros estavam LITERALMENTE protuberantes e se mostravam através do tecido do seu casaco preto. Ele estava ASSUSTADORAMENTE MAGRO. Quando nos abraçámos, senti os seus ossos. Fiquei muito preocupada e triste por ele.

Ele aparentava estar deprimido, sob muita tensão e o seu comportamento e voz demonstravam grande fragilidade. ELE CHEGOU MESMO A DIZER que estava enervado e preocupado sobre como iria ele fazer todos os cinquenta concertos, com o fato de não comer bem e com a insuficiência de intervalos entre os espectáculos. É óbvio que esta situação é difícil demais para ele, está a fazer com que ele fique DOENTE. Penso se este fato não será provocado por si próprio por não estar a comer ou por qualquer outro motivo.

NÃO HÁ NINGUÉM EM SEU REDOR QUE VEJA ISTO?

Karen, você vê isto? Diz-me alguma coisa sobre o que se passa?

Você comprova isto quando fazem a revisão de suas roupas?

Diz-me alguma coisa sobre o que está a acontecer?

POR FAVOR, INTERVENHAM E AJUDEM. Creio realmente que ele chegou ao ponto em que algo de mau e lamentável pode acontecer-lhe. Não quero com isto dizer que vocês são responsáveis por ele, mas COMO AMIGOS E DUAS DAS POUCAS PESSOAS CONSISTENTES em seu redor que me parece REALMENTE PREOCUPAREM-SE com ele, arrisquem dizer-lhe alguma coisa, se ainda não o fizeram.

Michael Amir, Alberto e Faheem começaram a restringir o acesso ao Michael e eu já nem estou autorizada a entregar-lhe uma carta em mãos sem que eles a leiam antes. Dão-nos muitas desculpas sobre o Michael estar cansado, já em modo de digressão ou ainda de que é para a sua segurança. Isto é ridículo. Após quinze anos de convívio com o Michael não esperaria ser tratada deste modo, como se fosse fazer-lhe mal. Posso ser “só uma fã”, mas tenho acompanhado o Michael desde há muito mais tempo que eles e ainda cá estarei depois deles. O Michael tem que ouvir os fãs quando é óbvio que ele está sob tensão e os que fazem parte da sua organização nem sempre se preocupam com ele, mas sim com os seus empregos caso digam algo considerado menos próprio. ELES TÊM QUE VER que o Michael está a desgastar-se a olhos vistos, mas não me parece que vão dizer ou fazer o que quer que seja. Separá-lo completamente dos seus fãs é tudo aquilo de que ele não precisa. Vejo o quão solitário se sente Michael e soube do próprio o quão pesada é a pressão exercida sobre si. Ele tem filhos e eles estão sob a sua responsabilidade, não o contrário. Para além dos seus filhos, os seus amigos mais próximos são um grupo bem reduzido e disperso. Todos em seu redor e por estes dias estão concentrados em “This Is It”. Tenho visto nestes últimos anos que ninguém lhe tem dado apoio, em Las Vegas, depois em Bel Air e agora em Los Angeles, isto é, ninguém que se preocupe com ele como amigo e não simplesmente por negócios, exceto vocês dois, é claro.

Se ele padece de alguma coisa séria, fisica ou mentalmente, que diga respeito ao seu peso ou saúde, por favor, intervenham. Peço-vos que me digam se ele está bem ou não. Não vale a pena pôr a sua saúde em perigo por estes concertos.

Sofro muito por ele, devido à condição em que o vi. Se já lhe disseram alguma coisa, peço-vos que lhe dêem esta carta se acharem que ele precisa ouvir as mesmas palavras por outra pessoa. Tenho a certeza de que o que quer que esteja a acontecer deve ser uma situação delicada, mas, por favor, não a evitem. Estou muito preocupada. Digam-me que ele está bem. Acima de tudo, digam-me a VERDADE.

Adoro-o. Por favor, ajudem-no se ele precisar. Quem me dera poder fazer algo. Sinto-me de mãos atadas.

Obrigada por lerem esta carta,

Sandy

O Michael tinha-nos convidado para irmos ao seu estúdio de ensaios onde ele nos falou com muito cuidado sobre os seus receios e sentimentos em relação ao calendário da digressão, à AEG e ao Randy Phillips. Ele disse também que tinha dores nas costas e que não comia bem, o que já nos era óbvio. Ele quase chorava enquanto falava connosco e chegou a colocar as suas mãos em posição de oração durante um momento de silêncio. Terminámos este encontro com uma grande sensação de preocupação em relação ao Michael e continuámos, durante as semanas seguintes, a vê-lo perder ainda mais peso e por vezes num estado de torpor induzido. O grupo de “seguidores” decidiu que será preciso tomar uma atitude decisiva fazendo chegar as nossas preocupações directamente ao Michael. O Michael estava a decair rapidamente e o nosso espanto e receios continuaram a aumentar a cada dia. Não podíamos confiar os seus cuidados à sua organização, uma vez que claramente não levavam nem levariam as nossas preocupações a sério. Decidimos escrever cartas ao próprio Michael. Cada um de nós escreveu a sua carta, mas todos partilhávamos o mesmo sentimento de receio em relação ao estado do Michael. Pedíamos que tomasse mais cuidado consigo, para se amar a si próprio e que desse prioridade a si próprio em relação à digressão. As cartas foram entregues em mãos ao Michael à entrada do seu estúdio de ensaios na noite anterior à sua morte. O Michael tentou telefonar várias vezes à Talitha (uma das fãs que entregou as cartas e que Michael conhecia muito bem) no Staples Center, mas a chamada caía constantemente e nunca saberemos o que ele queria dizer. Quando voltei a Los Angeles, para a homenagem ao Michael, o seu assistente, o Michael Amir, disse-me que o Michael lhe tinha perguntado pelas cartas ao regressar a casa após os ensaios e ele as levou ao seu quarto. O Michael já não estaria conosco dali a menos de oito horas.

Infelizmente esta é a minha última carta para o Michael, escrita a 22 de Junho e entregue na noite de 24 de Junho. Partilho-a com quem tenta culpar aqueles que, como eu, tentaram ser ouvidos. Vocês acusam as pessoas erradas de nada terem feito. A vossa atenção deve ser dirigida para a AEG, para o Randy Phillips e para o Frank Dileo que dizia a quem queria ouvir que tudo estava “sob controle” e que “o Michael não vai morrer”.

Caríssimo Michael,

Não tenho bem a certeza de como começar a dizer o que tenho para te dizer, mas peço-te que entendas que tudo o que disser é originado por um grande afeto e preocupação com a tua felicidade e carinho. Amo-te muito, muito mais que aquilo que alguma vez poderia transmitir-te por palavras. Nos últimos meses tenho vindo a preocupar-me com o fato de não estares a cuidar de ti como mereces ser cuidado. Tenho percebido de como estás a ficar cada vez mais magro e estás agora magro ao ponto de me deixares verdadeiramente preocupada com o teu bem-estar.

Imagino que estejas sujeito a um enorme grau de pressão devido à preparação para os concertos e deduzo que a tua perda drástica de peso seja um sintoma da tensão pela qual tens passado nestes últimos meses.

Michael, sinceramente, rezo para que saibas que continuaria a amar-te e apoiar-te mesmo que nunca mais pisasses num palco. Mantiveste-te firme frente a uma tensão e pressão em toda a tua vida maiores que o que o comum dos mortais consegue suportar e sempre o fizeste com graciosidade, humildade e honra. Por isso sempre te admirei, com a tua aparente força sobre-humana e incrível força de vontade para atravessar os momentos mais difíceis e obscuros. Mas, meu querido Michael, sei que és humano e deves muitas vezes sentir-te cansado, perdido ou solitário, inundado e ínfimo sob a escuridão de enormes obrigações. Imagino que sintas o peso do mundo nas tuas costas nestas semanas que antecedem a tua noite de estreia. Receio que os teus horários intensos e talvez a tua preocupação em satisfazeres os fãs e em mais uma vez espantares o mundo com a tua grandiosidade, te façam deixar de comer e perder peso, o qual não podes desperdiçar.

Espero realmente que os teus concertos sejam fantásticos e tudo aquilo que sonhaste. Sei que tens vindo a trabalhar bastante, por longuíssimas horas, não desejo unicamente que sejas feliz com o fruto do teu trabalho. No entanto, rezo para que não estejas a trabalhar ao ponto de negligenciares a tua saúde, de não comeres o suficiente para fortalecer o teu corpo, mente e espírito durante aqueles que seguramente são dias de grande tensão.

Michael, quando te encontrei, há alguns meses, no Dia das Bruxas, fiquei espantada com o teu nível de magreza, mas disseste-me que estavas a preparar uma digressão e então deduzi que a tua silhueta magra fosse resultado dessa preparação. Nessa altura falaste dos concertos com um quê de ansiedade na tua voz, uma atitude de contentamento e uma luz nos olhos, como não tinha visto durante anos. Eu estava feliz por tu estares feliz, mas ao voltar a ver-te em Los Angeles, após todas estas semanas, preocupa-me ver que o teu ânimo parece derrubado e o teu peso diminuiu ainda mais. Quando te encontrei no estúdio de dança, fiquei chocada com o quanto tinhas emagrecido. Quando te abracei, senti que tanto de ti tinha sido perdido. Se os concertos se tornaram pesados, demasiados e desgastantes, fica a saber que não estás só e nunca poderás decepcionar-nos se chegares à conclusão de que é impossível levar a iniciativa até ao fim. Se os concertos estiverem a pôr a tua saúde em perigo, a tua saúde e o teu bem-estar vêm em primeiro lugar. Não poderíamos apreciar um concerto sabendo que estarias a fazê-lo em sofrimento. Não te sintas obrigado perante nós a esforçar-te para além daquilo que desejas, para além das tuas capacidades. Não quero com isto dizer que duvido de ti, mas preocupa-me o fato de o teu peso estar drasticamente baixo e temo assim pela tua vida uma vez que estás prestes a despender de muita energia durante os próximos meses.

Espero não te ter ofendido com nenhuma destas palavras. Gosto tanto de ti que digo o que digo por afeto e preocupação. Ultimamente tens aparentado alguma tristeza, demasiada tensão e magreza exagerada e quero que saibas que és amado e rezo pela tua saúde e felicidade. Espero que estejas realmente bem e que as minhas preocupações sejam resultado de paranóia por não te ter visto no teu melhor durante alguns dias. O Michael Amir, o Alberto e o Faheem começaram a restringir o acesso a ti com mais intensidade nas últimas semanas, por isso não tem sido fácil saber como tens passado e transmitir-te o nosso amor e preces. Desculpa-nos se te temos importunado, mas estamos preocupados.

Conto os dias para voltar a ver-te em Londres. Adoro-te e peço-te para que cuides de ti, por ti, pelos teus filhos, pelos teus fãs, pela tua família e por todos aqueles em todo o mundo que gostam de ti do fundo do coração. Queremos adorar-te por muitos mais anos.

Adoro-te hoje e para sempre,

Sandy

Tenho a certeza de que ele leu isto e considero estas minhas palavras o último adeus ao Michael.

É com grande segurança que digo que o Michael não confiava nem gostava da AEG/Randy Phillips. Ele sentia-se sim financeiramente escravizado pelas suas exigências devido ao seu papel em financiar a sua vida. Encontrámos o Randy Phillips no velório do Michael e dissemos-lhe que “sabemos a verdade”. Ele negou que alguma vez tenha ido contra a vontade do Michael, mas o próprio Michael disse-nos a verdade e, naturalmente, acreditamos nele. Dissemos ao Randy que “sabes que nós sabemos a verdade”. Ele estava visivelmente chocado e ficou sem palavras. Espero que ele sinta um grande arrependimento e culpa juntamente com todos aqueles envolvidos que acredito que tenha levado o Michael à beira do precipício do qual ele caiu.

Sabemos que desde há muitos anos o Michael tem vindo a tomar medicamentos por receita e que passou por várias fases de dependência nesta última década. Os “seguidores” testemunharam este facto com frequência e com o passar dos anos. Vimos e falámos com o Michael estando o próprio em estados alterados e muitas vezes ficámos preocupados com ele. Estes fatos nunca foram algo que optássemos por publicar em fóruns ou partilhar com o público uma vez que eram assuntos relacionados com a privacidade do Michael e sempre optámos por nunca pô-la em risco. No entanto, aqueles que lhe FORNECERAM MEDICAMENTOS, que o INCENTIVARAM, que o USARAM e que o NEGLIGENCIARAM durante anos, especialmente nos seus últimos meses de vida, devem ser responsabilizados pela participação na sua morte. O Michael precisava de ajuda e, em vez disso, os seus “amigos” preferiram mantê-lo feliz e sob controlo em vez de lhe trazerem a ajuda da qual ele precisava desesperadamente. O Michael era um ser humano como nós e como qualquer pessoa dependente de drogas, ele precisava de ajuda. Ele não precisava de médicos nem de amigos criminosos que o mantivessem constantemente medicado para dar azo à sua ganância e fome de lucros.

Nota: A fotografia anexada a este texto foi tirada a 29 de Maio de 2009, três semanas antes da morte do Michael. É evidente que ele está muito abaixo do peso ideal e continuou a perdê-lo mesmo após esta fotografia. A sua condição é mais evidente no rosto, no maxilar e no pescoço. Poderão ver igualmente no documentário This Is It que o Michael vestia sempre TRÊS camisas E um casaco para ocultar a sua condição franzina nas últimas semanas.

http://www.this-is-not-it.com/images/stories/general/Sandy20090529.jpg
MJ e Sandy

29 de Maio de 2009

Não sei por onde começar com o meu testemunho. Simplesmente há muito por dizer e tantos sentimentos envolvidos, sentimentos de tristeza, arrependimento, raiva, confusão e sensação de abandono. No entanto, sinto a necessidade de partilhar a minha história com todos vocês. Tenha ela o valor que tiver. Ela não vai fazer com que o Michael regresse e os abutres em seu redor continuarão a combater pelo que restou dele e pelos seus bens. Esta campanha que estamos a montar não tem como finalidade impedir o que não pode ser impedido. Tem sim como finalidade fazer justiça pelo Michael ao dizer a quem nos ouvir que ele não estava bem e que, SIM, nos procurou e que lhe devemos, pelo menos, a verdade ao dizer-vos o que ele nos disse e mostrou nas suas últimas semanas de vida. Quer ele tenha expressado a sua angústia e tensão por palavras ou através dos óbvios estados físico e mental, acredito, e não estou sozinha, que ele suplicava por ajuda e as pessoas em seu redor não lhe deram a mão, cegas pela ganância, medo, interesses próprios, desleixo ou ainda falta de compaixão.

Sou fã há mais de 20 anos, mas só nos últimos oito meses da vida do Michael eu me tornei no que pode chamar-se de “seguidora”. Quero com isso dizer que seguia o Michael com frequência regular e poderei mesmo dizer, diária. Tive a oportunidade de observar para onde ele ia, como estava e as pessoas em seu redor. Tive a possibilidade de tomar conhecimento do seu estado físico e mental e a velocidade a que tudo se deteriorou nas últimas semanas ou meses da sua vida. Estes são os acontecimentos tais como eu me recordo sobre o período que antecedeu a sua morte e sobre como alguns de nós, incluindo eu, soubemos que ele corria perigo e o seu tempo se esgotava. Tentámos intervir, mas chegámos tarde demais.

Em Novembro de 2008 o Michael estava no hotel Bel-Air e encontrou-se com alguns de nós na entrada, falou connosco por algum tempo e teve a amabilidade de nos trazer comida do seu restaurante favorito que ele tinha pedido também para si naquela noite. Ele tinha um ar maravilhoso e estava muito calmo, muito consciente e lúcido. Obviamente não havia nada de “errado” com ele naquela noite. O Michael falou connosco sobre muitas coisas e também, mas muito por alto, sobre alguns projectos. Nessa altura não fazíamos ideia de que havia concertos na calha. Nas semanas seguintes o Michael teve muitas reuniões no hotel, reuniões essas que, pelo que sabemos agora, estariam relacionadas com a digressão.

Após o anúncio, em Março, dos concertos na O2, o Michael deu início aos ensaios no Center Staging entre Abril e Maio. Foi nessa época que começámos a constatar a regularidade das visitas ao consultório do Dr. Klein. O aumento da frequência das visitas e a sua duração começaram a assustar-me, bem como a outras pessoas, especialmente quando tomámos consciência do efeito que essas tinham no Michael. Ele deixava as instalações num estado de aparente ”torpor”. Chegámos à conclusão de que os tratamentos lhe alteravam a consciência.

Chegou-se ao ponto em que alguns de nós comentaram de que não valeria a pena dar-lhe cartas de fãs ou presentes após as consultas com o médico já que ele simplesmente as devolvia assinadas, mesmo que fossem cartas claramente dirigidas a ele e não fotografias de caçadores de autógrafos.

No sábado de 25 de Abril de 2009 algo chamou mais a minha atenção que o normal. Era a primeira vez que o Michael iria ver o Dr. Klein a um fim-de-semana e já era tarde. Ele ficou lá das 17h às 21:30.

Quando saiu do consultório do Dr. Klein, o Michael cheirava bastante a álcool ou éter e parecia estar atordoado.

A 29 de Maio, o Michael levou alguns de nós ao Center Staging para falar connosco sobre o que se passava, isto após alguns fãs lhe terem dito que não conseguiam bilhetes para os concertos, como as vendas de bilhetes não faziam sentido, como tudo parecia estar mal organizado e se estaria ele a par de tudo. Ele disse-nos que não estava a par desses problemas, que não sabia que se tratava de um local com lugares sentados e que iria fazer algo em relação a isso. O Michael disse-nos que tinha ido para a cama a pensar que seriam 10 concertos e que ao acordar viria a descobrir que eram 50!

Ele disse:

- Eles fizeram-no sem o meu consentimento. Eles simplesmente fizeram-no pelas razões óbvias.

E acrescentou ainda:

- Eles também erraram na calendarização. Deveria ser dia, concerto de descanso, dia, concerto de descanso, dia, concerto de descanso.

Ele quis dizer “Concerto, dia de descanso, concerto, dia de descanso, concerto, dia de descanso”.

A sua voz cedia como se ele fosse começar a chorar, entrelaçou os dedos como se fosse rezar e permaneceu calado. Ficámos em silêncio com ele. Foi um momento muito intenso e, na minha opinião, preenchido com tristeza e preocupação.

Eu fui-me embora com a sensação de que as minhas preocupações tinham razão de ser, tendo o mesmo acontecido com a maioria dos presentes.

Infelizmente, um dia após o Michael ter feito esta declaração, a mesma foi publicada pela imprensa. É estranho, mas a AEG foi rápida em refutá-la e taxá-la de falsa.

Este fato coincide com o momento em que tudo começou a mudar para o pequeno grupo dos que costumavam ter contato livre com o Michael.

Após a AEG ter descoberto o discurso do Michael dirigido a nós, tudo mudou.

A segurança deixou-nos de fora e o Michael deixou de estar “disponível”.

Com acesso limitado, embora ainda conseguíssemos vê-lo e falar com ele, as consultas médicas tornaram-se mais frequentes e apercebemo-nos de ainda mais alterações físicas nele, especialmente com o peso. O Michael simplesmente tinha um aspecto magro e algo parecia estar errado. Até as atitudes e procedimentos dos seus seguranças mudaram.

A 1 de Junho, o Michael deu início aos ensaios no Forum, em Inglewood.

Algumas semanas após o início dos ensaios, Michael Amir, o seu assistente e segurança, disse que o Michael estava muito cansado, que não tinha dormido durante todo o fim-de-semana e que a AEG lhe telefonava constantemente.

Foi por essa altura que o Michael começou a ir para o local de ensaios cada vez mais tarde e, por vezes, os cancelava.

Uma dessas ocasiões foi a 12 de Junho. Ele foi para os ensaios a uma hora tardia. No momento da sua chegada, ele não parou para nos dar atenção, como costumava fazer. Pouco tempo depois, o seu segurança veio ver onde estávamos ao passar de carro a alguns metros do lugar onde normalmente estacionávamos e esperávamos. Não fizeram qualquer esforço para nos dizerem o que estavam a fazer. Isto teve lugar por volta das 20, 21h. Por volta da meia-noite, um dos seus seguranças, chamado “Biggie”, saiu e disse-nos:

- O Michael disse que isto é “perigoso”. Ele não queria vir aos ensaios esta noite. Ele está cansado.

Posteriormente foi-nos pedido que ficássemos em fila e que cada um de nós teria 15 segundos a sós com o Michael. Tudo aquilo nos parecia estranho. Não entendíamos o que se passava, mas, obviamente, formámos a fila e utilizámos o tempo que nos foi disponibilizado individualmente. Tudo aquilo foi muito despersonalizado e éramos vigiados de perto pela segurança.

Nos últimos dias de vida do Michael, lembro-me igualmente de ter reparado no seu segurança, Alberto Alvarez, que muitas vezes parecia agitado e suava de modo nervoso. Quando lhe perguntávamos se o Michael estava bem ou não, ele dizia que o Michael estava “concentrado” e em “modo de digressão”, não respondendo assim à pergunta que lhe era feita. Contudo, pudemos ver que algo mais se passava, que o Michael se tinha alterado a olhos vistos, que estava atordoado, emaciado e que o seu segurança, por algum motivo, estava nervoso. Na verdade, em vez de ter dois ou três guardas aos portões de sua casa, tinha duas ou três vezes esse número, número esse que chegou a alcançar os doze guardas na noite em que ele morreu.

Algo se passava, algo tinha mudado e soubemos então que era o momento de tomar uma atitude.

Numa tentativa de fazer algo para salvar a sua vida, cerca de doze fãs, incluindo eu própria, escreveu cartas ao Michael na semana antes da sua morte. Era nossa intenção entregar-lhe essas cartas e assim tomarmos uma posição em nome de todos os fãs que sentiam que algo estava errado.

Apercebemo-nos de que se tratava de uma questão de tempo antes da sua morte, a não ser que fossem tomadas medidas. Ninguém em seu redor pareceu preocupar-se o suficiente para tomar uma atitude. Uma vez que todas as cartas tinham sido recolhidas e um plano tinha sido construído, decidimos intervir a 24 de Junho de 2009.

De facto, conseguimos nessa tarde, pôr as cartas nas suas mãos. A noite seguinte seria a última vez que eu o veria, ao sair do Staples Center, por volta de 1:30, a 25 de Junho de 2009.

Esta foi a minha carta para o Michael:

“Michael,

Admiro-te e amo-te desde os meus 14 anos, quando, pela primeira vez, salvaste a minha vida. Continuaste a salvá-la ao longo dos anos, por mais arrojado e estranho que isto possa parecer a alguém que nem me “conhece”. Deste-me alento, esperança e força.

Agora é a minha vez, a vez de todos nós, de TE auxiliar e te dizer que estamos presentes para te apoiar e para te ajudar.

Por favor, entende que te amamos tanto que não podemos sequer pensar em te perder. És tão importante para nós que ficamos magoados ao ver-te infeliz, tal como temos vindo a observar já há algum tempo, por mais que tenhas tentado escondê-lo. Sentimos e vemos que algo está errado.

Michael, nunca faças nada que NÃO queiras fazer, quer se trate de concertos ou qualquer outra coisa que as pessoas queiram que faças para que se faça dinheiro.

Não deixes que ninguém ou nada te desgaste ao ponto de perderes o sono, de te preocupares ou de fazeres qualquer coisa que em última instância te leve a prejudicares a tua saúde. Nada disso é assim tão importante e não precisas de provar nada a ninguém.

Respondeste, mais que uma vez, às cobranças que a ti foram feitas.

Eu e todos nós precisamos de ti e te amamos do fundo do coração.

Samantha”

Quero terminar tornando algo bem claro. Não estou a dizer que o Michael parecia estar sempre atordoado ou drogado. Quero que isso fique bem claro. NÃO o vimos como um drogado. Estávamos simplesmente preocupados, durante um certo período de tempo, com o facto de ele estar sob demasiada tensão e pressão para conseguir comer e viver sem medicação. Preocupávamo-nos também com o facto de que aqueles em seu redor sabiam que ele não estava bem e preferiram fechar os olhos em prol dos lucros financeiros. Só Deus sabe que outros motivos existiriam. Mas eu sei o que vi e sei que aquele não era um homem saudável, feliz e em forma, preparado para subir a um palco dali a menos de três semanas. Isso sabiam-no eles também. É o momento de a verdade ser revelada.

Samantha





O testemunho da Talin
Domingo, 11 Outubro 2009 16:31 Actualizado em Sexta, 29 Outubro 2010 18:48
Queridos fãs,
Vivo em L.A. e estive frequentemente perto do Michael durante a sua estadia aqui nos últimos oito meses da sua vida. Nos dias em que não estive presente havia sempre outros “seguidores” por perto.
Peço-vos então que levem os nossos testemunhos a sério uma vez que, em conjunto, vimos o Michael todos os dias e também em conjunto, as nossas preocupações eram as mesmas. Na minha opinião, existem unicamente duas teorias sobre a morte do Michael:

1) O Michael estava a ser controlado e sob pressão, a sua resistência era explorada ao máximo e as suas necessidades eram negligenciadas. Além de tudo isto, ele foi intencionalmente assassinado e o Dr. Murray não foi o único responsável.

2) O Michael estava a ser controlado e sob pressão, a sua resistência era explorada ao máximo e as suas necessidades eram negligenciadas. Ele foi assassinado acidentalmente pelo Dr. Murray.

A primeira parte de ambas as teorias é um FATO e embora outros se convençam de que ele estava “bem”, não consigo mentir a mim própria e ignorar o que eu testemunhei nas últimas semanas da sua vida. É bem evidente que o Michael se decidiu pela realização dos concertos por razões financeiras, embora, após o anúncio dos concertos, eu tenha visto que ele estava excitado com todo aquele projecto que quebrava “recordes”. Ele parecia feliz com tudo nos primeiros meses de ensaios, perguntou-nos se tínhamos ficado surpreendidos com a conferência de imprensa e perguntava-nos sobre canções que queríamos ouvir. No entanto, nas últimas três ou quatro semanas, tudo começou a degradar-se pouco a pouco. A excitação nem sempre estava presente e por fim, percebemos que algo estava errado.

Aqui estão os meus FATOS:
A 29 de Maio, o último dia de ensaios no Center Staging, alguns de nós foram ao estúdio e falaram com o Michael. Por sinal, era ele quem queria falar connosco. Começou por se desculpar pela organização dos lugares para os concertos e então disse: “As datas e os lugares foram organizados sem o meu consentimento”. Ele disse que iria fazer estes concertos por nós e queria fazê-los como nós quiséssemos. O Michael parecia estar descontente com o modo como tudo se desenrolava e num determinado momento a sua voz cedeu como se fosse chorar. Ele disse que não é sobre-humano nem tem toda a energia do mundo. Mais tarde, nesse mesmo dia, encontrámo-lo em outro local onde tirámos fotografias juntos. O Michael estava sentado no carro, com as pernas para fora e eu estava encostada a ele. Apoiei a minha mão na sua perna para me acomodar e senti os seus ossos. Não, não era como se ele estivesse magro. Era mais como se ele não fosse nada além de um esqueleto. Fiquei REALMENTE assustada e foi aí que comecei a pensar que havia algo de errado. A partir desse momento, as minhas cartas para ele passaram a expressar preocupação. Eu não lhe dizia nada em específico, mas pedia-lhe para dar prioridade à sua saúde e felicidade. Antes deste momento, pensava eu quando começaria ele a ganhar peso, como tinha acontecido em digressões anteriores, mas uma vez que ele usava várias peças de roupa de tamanho maior, foi difícil perceber quão magro ele estava. Com estas preocupações presentes, foi neste momento que o seu cabelo começou a encaracolar, as preparações avançavam e a excitação dos concertos aumentava. Então eu pensei: “Bem, talvez esteja a exagerar. Ainda falta um mês e talvez tudo se resolva.”. O primeiro ensaio no Forum, na semana seguinte, era promissor, uma vez que o tínhamos ouvido cantar, por isso pensei que a situação estivesse a melhorar. Ainda restava em mim alguma atenção, mas não a preocupação de que ele estivesse em perigo.


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O dia 12 de Junho é o dia em que a segurança do Michael começa a tomar atitudes estranhas e a manter-nos afastados dele tomando decisões extremas. As suas atitudes eram absolutamente desnecessárias uma vez que nunca estivemos presentes em mais de 10 ou 12 pessoas, pessoas essas que o Michael conhecia e em quem confiava, tal como confiavam os seus seguranças.
Nas semanas seguintes passaram-me pela cabeça tantos motivos para justificarem tudo isto:
1) Como diziam os seguranças, ele estava em “modo de concerto” e estaria provavelmente a elaborar sobre a adrenalina crescente.
2) Ele tinha tonturas e não queria que nos apercebêssemos nem que víssemos isso.
3) Os promotores dos concertos tinham descoberto que ele conversava connosco e se queixava a nós. De algum modo essas informações chegaram à imprensa e eles instruíram os guardas para se certificarem de que nós não teríamos contacto com o Michael.
4) Talvez ele não quisesse ser incomodado e tivesse começado a sentir-se inseguro. Isto é possível, mas é igualmente estranho, devido à proximidade do acontecimento e outros factores.
O Michael ia frequentemente ao consultório do Dr. Klein e vinha de lá um pouco atordoado.
Sempre pensei no motivo pelo qual ia lá, mas nunca me senti no direito de perguntar. Deduzi que o motivo fosse algum tratamento de pele, mas preocupava-me o facto de ele ficar lá por horas, às vezes, cinco horas, e preocupava-me aquilo a que ele poderia estar a ser sujeito. Nunca suspeitei que ele fosse lá para dormir e como tinha dito, não me achei no direito de perguntar nem de receber alguma resposta de alguém em relação a isso.

A última vez que o vi fora do consultório do Dr. Klein foi a 16 de Junho, embora ache que ele foi lá mais uma vez antes da sua morte.

Entre todos os fãs que estavam perto dele naquele dia, foi unânime a constatação de que ele estava atordoado quando saiu de casa pela primeira vez e estava atordoado quando deixou o consultório do Dr. Klein. Seguidamente ele foi para casa antes de voltar aos ensaios e novamente ele estava atordoado após os ensaios. Nessa noite seis de nós chegaram a diferentes conclusões. Foi aqui que pensámos que algo estaria errado. Achámos que talvez o Michael estivesse a ser medicado contra a sua própria vontade para continuar com os ensaios e não se opor. Pensámos que ele estivesse a ser controlado pela AEG, a NOI ou por ambas. Começámos a acusar o seu pessoal e outras pessoas envolvidas na organização dos concertos e pensámos no que poderíamos fazer. Conhecíamos alguém dentro do fórum, mas que não estava envolvido nos concertos. Sugeri que perguntássemos a essa pessoa como estava o Michael nos momentos em que estava em palco e um dos meus amigos disse: “O Michael não esteve em palco nos últimos três ensaios.”. Sendo que os últimos três ensaios se realizaram a 11, 12 e 16 de Junho. No dia seguinte perguntei ao Alberto, o chefe dos seguranças, como ia o Michael nos ensaios e se ele estava feliz e com saúde. A resposta do Alberto foi extremamente positiva. Obviamente ele estava a mentir, uma vez que o Michael não tinha estado em palco ultimamente, logo as coisas não poderiam estar a “correr bem”. Sim, talvez tivessem havido dias em que ele não seria necessário em palco, mas não assim tão perto da noite de estreia e não por três ensaios consecutivos.


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Vi o correio electrónico da Marika a 21 de Junho, sobre o que ela tinha visto e o quão preocupada ela estava em relação ao peso dele. Sem pensar duas vezes, juntámos esforços para fazer chegar as nossas cartas ao Michael. Muitos fãs nos culpam agora por não os termos incluído todos. Peço-vos do fundo do coração que tenham em consideração o facto de que nem todos os fãs tinham acesso directo aos acontecimentos e se tivéssemos lançado este tema em discussão, muitos ter-nos-iam acusado de exagero e procura de atenções. Tenham igualmente em consideração o facto de que isto aconteceu no espaço de poucos dias. A 22 não houve ensaio. O dia 23 foi o seu primeiro dia no Staple Center e aí tentámos dar-lhe as cartas, mas medidas de segurança desnecessárias fizeram com que isso fosse impossível. Após uma cuidadosa preparação, no dia 24, fomos bem sucedidos, mas, claramente era já tarde demais. Eu escrevi a minha carta à mão por isso não tenho uma cópia que possa ser partilhada. No entanto é uma carta semelhante a outras. Sem pôr em questão as suas habilidades, pedi-lhe para tomar cuidado consigo próprio, fazer o que fosse melhor para ele, para a sua família e para a sua saúde e para não se preocupar connosco, com o mundo ou com as suas finanças. O Michael viria a falecer horas depois de termo-lo visto pela última vez. Então dirijo-me às pessoas que duvidam de nós ou questionam as nossas intenções ou que dizem ainda que estamos a exagerar aquilo que testemunhámos. Acham que tudo isto foi uma coincidência? Acham que o facto de termos entrado em pânico, de termos ficado preocupados e de termos tomado atitudes e depois ver todos os nossos receios tornarem-se realidade foi puro acaso? Enquanto as culpas podem ser atribuídas unicamente ao Dr. Murray, a VERDADEIRA causa da morte do Michael Jackson pode ficar eternamente por desvendar. A verdade é que o Michael não estava bem nas suas últimas semanas de vida, mas todos em seu redor preferiram ignorar esse facto uma vez que pensaram que o espectáculo teria de continuar! Sim, o Michael foi assassinado acidental ou intencionalmente e com Propofol. Não digo que o seu peso ou a ingestão de medicamentos tenham tido influência na sua morte. O que estou a tentar dizer é que a AEG está a fazer com que pareça que ele estava muito bem, de boa saúde, até ao momento em que o Dr. Murray o medicou em excesso. Mas nós vimos a situação por uma outra perspectiva. Estará a AEG a ocultar algo mais, a encobrir as suas atitudes ao lançar este documentário claramente alterado? Estará mais alguém por trás de tudo isto? Poderemos nunca vir a conhecer a verdade, mas agora todos sabem aquilo que eu vi, o que todos nós vimos e tentámos evitar nos últimos dias da sua vida.

Talin

Fonte: Thisisnotit.com
Créditos: Neverland| MJMoonwalker

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