quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Promotor diz que médico falhou na morte de Michael Jackson

LOS ANGELES, 4 Jan 2011 (AFP) -O promotor David Walgren garantiu nesta terça-feira, na audiência preliminar sobre o julgamento de Conrad Murray, o médico de Michael Jackson, que ocorreram várias falhas de procedimento que levaram à morte do rei do pop. A audiência preliminar na Corte Superior de Los Angeles decidirá se existem suficientes evidências para julgar Murray, acusado de homicídio culposo de Michael Jackson, morto em 25 de junho de 2009, aos 50 anos, após receber um forte sedativo em sua mansão de Beverly Hills.
Segundo o promotor David Walgren, o doutor Murray não chamou o serviço de emergência (911) de imediato e também não informou aos paramédicos o que havia feito com a vítima.
Murray, acusado de administrar em Jackson uma dose excessiva de sedativos, teria ainda errado no procedimento de reanimação do rei do pop, afirmou Walgren no tribunal.
"Na opinião de nossos especialistas em medicina, está claro que houve um desvio no nível da atenção médica que se espera", destacou Walgren.
Na semana passada, Walgreen revelou que a defesa de Murray insistiria na "teoria do suicídio de Michael Jackson".
Entre os depoentes desta terça-feira estava o assistente pessoal do cantor, Michael Williams, que contou como recebeu uma mensagem de Murray "desesperado", pedindo que fosse à mansão de Jackson.
Com o corpo do cantor ainda sobre a cama, Williams revelou que recebeu um estranho pedido do médico: "o senhor Jackson tinha um creme em seu quarto que gostaria que ninguém visse. Pode pedir a um dos homens (da segurança) que volte à casa e o recupere"?
Jackson "acabara de morrer e esta era a última coisa que alguém poderia pensar", disse Williams na audiência.
As audiências preliminares, que poderão durar até duas semanas, em Los Angeles, ocorrem após a família Jackson reapresentar a ação civil contra o doutor Murray, argumentando que houve negligência na morte do artista.
Na ação, a família alega que Conrad Murray, um especialista em cardiologia, ficou por 47 minutos conversando ao telefone enquanto Jackson morria de overdose de analgésicos.
O processo também questiona o médico pessoal de Jackson pelo débil estado de saúde do astro pop, que sofria de anemia, pneumonia crônica e bronquite crônica, um quadro que contribuiu para sua morte.
pb/LR

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